É sempre bom conhecer os verdadeiros heróis brasileiros; eles não possuíam capas, máscaras, não voavam e não tinham superpoderes, entretanto, salvaram principalmente as vidas de judeus durante a 2ª Guerra Mundial.
Em 10 de dezembro de 2003, foi proclamado "Justo entre as Nações",
título atribuído a pessoas que arriscaram suas vidas para ajudar os
judeus perseguidos pelo regimes nazista e fascista, no Museu do
Holocausto (Yad Vashem), em Israel.
O resgate de sua história deve-se ao professor e historiador Fábio Koifman em seu livro "Quixote nas trevas". Para quem realmente deseja conhecer nossa historiografia eu recomendo.
"O chefe da missão diplomática brasileira na França, Luís Martins de
Souza Dantas (1876-1954) concedeu pelo menos 800 vistos para salvar a
vida de perseguidos por Hitler, segundo as contas do escritor Fábio
Koifman, no livro
Quixote nas trevas
. Pela atitude, Souza Dantas é frequentemente citado como “Shindler
brasileiro”, em referência ao empresário alemão Oskar Shindler, que
salvou 1.200 judeus do Holocausto.
Dos vistos concedidos pessoalmente pelo embaixador, mais de 400 foram
para judeus. Os demais foram para integrantes de outros grupos
perseguidos, como homossexuais, ciganos, negros ou ativistas de
esquerda.
Ele executou o trabalho até a invasão alemã à embaixada
brasileira, quando o País se uniu aos Aliados durante a Segunda Guerra
Mundial, pouco antes de ser descoberto pelo governo Vargas e virar alvo
de um inquérito administrativo do Itamaraty.
“Ele voltou para o Brasil discretamente, quando deveria ter sido
recebido aqui como herói de guerra”, defende Maria Luiza Tucci Carneiro.
“As homenagens que ele recebeu em 1944 foram constrangedoras e
incômodas para o governo Vargas”, conta.
Souza Dantas foi o primeiro
brasileiro a discursar na ONU, mas o convite foi feito sem citar os atos
heroicos em prol dos judeus. Ele foi convidado como diplomata
sobrevivente do nazismo."(
noticias.terra.com.br)
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