Nascemos e vivemos neste mundo.
Entre globalizados e globalizadores fomos criados.
Em muitas coisas tivemos nossos olhos fechados,
Mas a vida não para, é contínua, misteriosa e assustadora.
Cada vez mais dominamos o espaço externo do universo
Mas, por vezes, desconhecemos as riquezas do nosso mundo interior.
Aproximamos as distâncias, mas distanciamos as proximidades.
Estamos juntos e sós ao mesmo tempo.
Vivemos o tempo das diferenças
Que focaliza uma realidade cruel,
Assistimos muito do que não queremos:
Mentiras, falcatruas, mortes, criminalidades,
corrupção, escândalos políticos, prostituição infantil.
Vivemos, na verdade, em um tempo,
Sem a prioridade dos valores da ética, da moral,
Da falta de escrúpulos, da comunhão, do religioso,
Que banaliza, cega e corrompe o homem
E sufoca a semente dos valores autênticos.
O homem de hoje, antes de tudo,
está enfermo em sua existência e Ser.
O conhecimento científico evoluiu,
Mas não dá conta às respostas
que movem as questões deste novo século
Tudo isso se reabilita no túnel do esquecimento.
O olhar sobre a história vem mostrar
Que é preciso ter responsabilidade
E aproveitar, ao máximo, as possibilidades.
Que a dignidade e os valores morais
voltem a ser valorizados.
(Maria Gildete Carneiro Amorim)
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