Lá fora, uma brisa balança as folhas das árvores enquanto nuvens de chuva encobrem o céu do domingão. Há pouco estava lendo sobre a História de Mato Grosso no Almanaque de Cultura Popular de Maio/2015, e eu não sabia que a placa que ficava no pelourinho está no Museu da Imagem e do Som/Misc.
"Em Cuiabá, o pelourinho do achado da cidade foi fincada na praça Real ou antigo canto do Sebo, hoje praça da Mandioca ou ainda Conde de Azambuja. A placa foi fixada no pelourinho quando o arraial havia sido elevado à condição de Vila em 1727. Na placa está escrito 'local onde ergueu-se (O Pelourinho)'". Como o Misc está fechado para reforma por enquanto é impossível vê-la.
E deparei-me também com um texto sobre o bondinho que saia do Bairro do Porto e chegava até a Praça da Mandioca. Postarei aqui pois esse Almanaque é de edição limitada.
"No final do séc. XIX, mais precisamente a partir do ano de 1871, a população cuiabana sofria muito para ter que percorrer quase 4 quilômetros da conexão Centro - Porto. Para fazer esse percurso os moradores faziam uso de cavalo ou carroça ou iam a pé, adiante das ruas de pedra bruta e constantes nuvens de poeira. Era um sofrimento diário.
Essa turbulência já estava com os dias contados. Sem precisar do poder público e com apoio de comerciantes, alguns cuiabanos, criaram em 1889 a "Companhia Progresso Cuyabano". Destaque para os comerciantes Joaquim de Matos e Manoel Monteiro, que deram o pontapé inicial com um capital de noventa contos de réis.
Dois anos após, surge a linha de bondes puxados por burros, construída em trilhos de ferro ligando os dois extremos: Porto(Cais) ao Largo da Mandioca(atual Praça da Mandioca ou Conde de Azambuja). O trajeto Porto-Centro incluía as ruas 15 de Novembro e 13 de Junho, contornando a praça da República, o jardim Alencastro e a rua 11 de Julho(atual Pedro Celestino).
Outro ramal seguia as rua Primeiro de Março(Galdino Pimentel) e 7 de Setembro até o Largo da Mandioca. A estação de bondes da Companhia Progresso Cuyabano era situada na rua 13 de Junho, hoje, esquina com a avenida Dom Bosco(dava frente para a capela do Asilo Santa Rita).
Em cada bonde havia um cocheiro e um cobrador-condutor. O preço da passagem era de $200 réis. No séc. XX, o velho e polêmico bondinho foi aposentado, cedendo lugar às jardineiras, que já levavam os passageiros até a ponte de ferro, do Coxipó, e aos carros de aluguel, lançados durante as comemorações do bicentenário de Cuiabá no governo do presidente dom Francisco de Aquino Correa. A primeira garagem de jardineiras era de propriedade de Francisco Mecchi (Garagem Mecchi), no Porto."
Nenhum comentário:
Postar um comentário