Enquanto muita gente está se preparando para curtir à noite de sábado, eu estou aproveitando para colocar minhas séries em dias. E agora que as férias acabaram o 1º Capítulo do livro dos 3ºs anos é sobre o Imperialismo na África e na Ásia, onde o destaque é o reinado da rainha Vitória. E a Netflix está apresentando uma série sobre a rainha Elizabeth II, que descende da rainha Vitória e ainda está no poder, que com toda certeza recomendo.
"1. Um retrato íntimo da realeza
Na bela cena em que a jovem Elizabeth experimenta a coroa pela
primeira vez e relembra de quando seu pai o fez sentimos não apenas o
peso mas o bambear do lendário símbolo da monarquia britânica. Em seu
sentido simbólico, é o peso dessa coroa que molda a vida e o destino não
apenas de Elizabeth, mas de toda a família real.
The Crown mostra os ritos e pompas da monarquia, mas acima
de tudo os desejos e a personalidade daqueles que dela fazem parte. No
meio disso tudo, acompanhamos como a figura de Elizabeth Windsor deve
dar lugar a de Sua Majestade, A Rainha Elizabeth II. Afinal, a Coroa
deve prevalecer.
2. Um olhar para a história
The Crown é uma obra de ficção, roteirizada e romantizada como tal, e
como acontece na maioria das ficções inspiradas na realidade, sempre
fica a dúvida que quais momentos foram “reais” ou não.
Mas é inegável que a série acerta em apresentar de forma didática os
acontecimentos do reinado e Elizabeth II e deixa uma enorme curiosidade
de pesquisar os acontecimentos históricos e políticos do período. Seja
na busca pela semelhança física entre os atores e a família real, ou
pela imersão causada por The Crown, é difícil terminar a série sem
mergulhar de alguma maneira na História da segunda metade do século XX.
3. Um elenco afinado
O Globo de Ouro de melhor atriz de drama para Claire Foy é mais do
que merecido. Com uma atuação contida e sutil, a jovem atriz britânica
coloca nos pequenos gestos e expressões faciais toda a força da
transformação e crescimento de Elizabeth tanto no papel de mulher e
esposa, quanto sob o manto da realeza.
Assim como Claire, todo o elenco – seja pela sua caracterização
(algumas semelhanças físicas são impressionantes)e acima de tudo pela
atuação – retrata de modo brilhante seus pares reais. Destacam-se Matt
Smitt (o 11º Doutor em Doctor Who) como Phillip, o Duque de
Edimburgo e consorte da rainha. E o americano John Lithgow, que na pele
do Primeiro Ministro Winston Churchill entrega uma das mais fantásticas
atuações da primeira temporada de The Crown.
4. Uma reflexão sobre o papel da mulher
Ainda que alguns dos mais memoráveis períodos da História da
Inglaterra tenham sido sob o reinado de rainhas, a figura de uma mulher
como símbolo de poder ainda pode ser incômoda para alguns, em 1952 mais
ainda.
Boa parte de The Crown trata do relacionamento de Elizabeth
com o marido Phillip e de como este é afetado pelas obrigações da Coroa.
Um dos aspectos mais interessantes mostra como o Duque de Edimburgo
sente-se deixado de lado e com a masculinidade ferida ao perceber que
precisará se curvar diante de sua esposa.
The Crown apresenta não apenas o crescimento e a
consolidação da figura de poder de Elizabeth acima da visão que muitos
tinham de uma mulher jovem e maleável. De modo bastante sutil, a série
também mostra o quanto o papel de consorte decorativo incomoda o ego
masculino.
5. Uma produção grandiosa
Com um orçamento de U$ 130 milhões para os 10 episódios da primeira temporada – o mais caro da Netflix e da TV,- The Crown
encanta pela exuberância do seu design de produção. Os figurinos, os
cenários e a fotografia são de uma riqueza de detalhes impressionante,
que facilmente nos transportam para a Inglaterra da década de 1950.
Todo esse trabalho de pesquisa e reconstrução histórica pode ser
apreciado no episódio da coroação da Rainha. Mesclando imagens reais de 2
de junho de 1953 com a reconstituição da cerimônia, The Crown mostra não apenas os ritos milenares da monarquia como também o impacto da primeira coroação televisionada.
A julgar pela recepção e pelos prêmios, a série tem tudo para ser
renovada para as 6 temporadas previstas, que devem abordar as mais de
seis décadas do reinado de Elizabeth II. Vida longa a The Crown."(/madmerlim.wordpress.com/)
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