Milton Nascimento - no 32º Festival de Inverno de Chapada dos Guimarães

Eu assisti um show do Milton Nascimento aqui em Cuiabá nos anos 1980 quando estudava na UFMT e foi um espetáculo inesquecível. Naquela época o ginásio recebia a "nata" da MPB e eu não perdia uma apresentação.

E hoje ele está aqui novamente para participar do 32º Festival de Inverno de Chapada dos Guimarães. Imagino como será incrível para quem não o conhece pessoalmente estar diante de um dos maiores ícones da Música Popular Brasileira.

Milton Nascimento  nasceu no Rio de Janeiro, no dia 26 de outubro de 1942 e mesmo com 74 anos ele continua maravilhoso assim como suas músicas. É impossível não se emocionar com Canção da América, Maria Maria, Travessia, Coração de Estudante, Nos Bailes da Vida, Caçador de Mim e muitas outras.

"Milton é um dos principais artistas da música brasileira. Ele sintetiza, na inovadora assinatura musical dele, uma série de habilidades. 

Tem voz linda e um timbre inconfundível e muito particular. Ao ouvi-lo, não se faz referência direta a algo da nossa música, mesmo havendo mistura riquíssima ali de música mineira, sacra, hispânica e latina, e até dos Beatles e do folk de Dylan. 

Em termos de popularidade fora do Brasil, principalmente no circuito do jazz, ele só encontra paralelo com Tom Jobim."(rollingstone.uol.com.br)

 Os fãs da boa música sempre irão ligá-lo ao famoso Clube da Esquina...

"Criado há 44 anos, o Clube da Esquina, movimento musical mineiro, será celebrado pelo seu mais conhecido partícipe. O cantor e compositor Milton Nascimento sempre será lembrado por ter, no início dos anos 1970, criado um tipo específico de música brasileira junto com os irmãos Borges, Márcio e Lô.

Num bar em Belo Horizonte, os três, entre uma caipirinha e outra, começaram a tocar e compor juntos. Letras inclusive. 

 "Ele (Lô Borges) me mostrou pedaços de músicas que vinha fazendo. Uma hora, sentou no chão do bar e começou a tocar uma coisa que parecia um acompanhamento para uma música. 

O negócio era tão bonito que fechei os olhos, peguei outro violão e comecei a fazer uma melodia em cima. Ficamos umas três horas naquilo. Abri os olhos e vi o Marcio [Borges, irmão de Lô] com um caderno na mão escrevendo uma letra. E a mãe deles, do lado da porta, chorando de emoção", descreveu à versão brasileira da revista Rolling Stones em um número de quase uma década atrás."