A maioria dos alunos nunca ouviu falar do Serviço Secreto de Israel o Mossad. Ele é considerado por muitos analistas o serviço secreto mais eficiente e mais temido do mundo, ultrapassando a CIA, americana, e a antiga KGB, soviética.
Suas operações são dignas de um roteiro de Hollywood e seus agentes tanto os homens quanto as mulheres são implacáveis quando estão em uma missão.
"A semente do Mossad foi plantada nos anos 30, em meio à crescente
tensão entre árabes e judeus da Palestina - na época, uma colônia
britânica.
O agricultor Ezra Danin recebeu uma missão da Haganá, a
brigada paramilitar judaica: passar informes sobre árabes que
organizavam atentados contra judeus. O negócio de Danin era plantar
laranja, mas a Haganá sabia que ele tinha muitos contatos entre o bando
inimigo. O pacato camponês largou a enxada e, em pouco tempo, já sabia
os endereços, hobbies, placas de carros e clubes que os líderes árabes
frequentavam.
"Danin lançou as bases da compilação, da
interpretação e do uso de inteligência sobre os árabes nos anos da luta
pela Palestina", escrevem o historiador israelense Benny Morris e o
jornalista britânico Ian Black no livro Israel Secret Wars
("Guerras Secretas de Israel").
Em 1936, quando estourou uma revolta
árabe em larga escala, Danin liderou uma unidade que grampeava
telefones, decodificava mensagens e farejava agentes duplos. Em 1940,
ele fundou o Shai, o braço de contraespionagem da Haganá. Diversos
árabes se tornaram seus informantes - e não só por dinheiro. Na maioria
das vezes, sofriam perseguições de outros árabes por fazer negócios com
judeus.
"Eles temiam por sua vida e tinham fortes razões para se livrar
de seus perseguidores. E nós exploramos essas situações na hora de
recrutá-los", escreveu Danin anos depois.
Como se vê, antes de
declarar sua independência, em 1948, Israel já tinha seu serviço
secreto. Mas ele foi criado oficialmente em 1951 como Instituto de
Inteligência e Operações Especiais, ou simplesmente Mossad
("Instituto").
O foco inicial eram os países árabes hostis a Israel. Não
havia dinheiro nem gente suficiente para outras missões, como perseguir
nazistas pelo mundo. Em 1960, porém, o diretor Isser Harel abriu uma
exceção ao saber que Adolf Eichmann vivia calmamente na Argentina. O
arquiteto da Solução Final da Alemanha nazista trabalhava na filial da
Mercedes-Benz, fingindo ser o mecânico Ricardo Klement. "(aventurasnahistoria.uol.com.br)
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