quarta-feira, 30 de agosto de 2017

O Lado Mau e o Bom dos Mitos

A Revista Aventura na História que acabei de receber pelo correio, trouxe reportagens bastante interessantes. E o que me chamou atenção foi o lado mau do rei Leônidas de Esparta e o lado bom de Xerxes da Pérsia.

"Tinha um casamento incestuoso. Não que isso fosse raro entre os nobres, mas sua esposa, Gorgo, era filha de seu meio-irmão. E 30 anos mais jovem que ele.

Sua fama não é 100% merecida. Não havia 300 homens defendendo as Termópilas, mas 7 mil. Os 300 eram só os nobres espartanos, os esparciatas.

Comandou escravos. Por mais que o filme 300 retrate os espartanos como um exército de homens livres enfrentando um de escravos, eles trouxeram seus próprios escravos, os helotes, para servirem como auxiliares na guerra. E os helotes foram forçados a permanecer com os esparciatas para a defesa suicida final.

Não vamos nos esquecer, longe de um reduto da liberdade, Esparta tinha leis tirânicas. Os nobres esparciatas abominavam o trabalho e viviam para a guerra. Quem trabalhava eram os helotes.

Arrogante. Certa vez, ouviu de um súdito: "Tirando por ser rei, você não é superior a nós". Ao que ele respondeu: "Se não fosse superior, não seria rei".
Agora vamos conhecer o lado bom de Xerxes, rei da Pérsia.

"Patrocinou a inovação. A invasão da Grécia se deu por uma maravilha tecnológica: pontes flutuantes de mais de 1 quilômetro sobre o Estreito de Dardanelos.

Também foi patrono da Arquitetura. Derrotado, dedicou o resto de seu reino a construir maravilhas arquitetônicas na Pérsia, como o Portão de Todas as Nações, em Persépoles.

Comandava um império cosmopolita. Bem diferente dos gregos, para quem todo mundo de fora era "bárbaro", o grande Império Aquemênida abarcava do Egito à Índia, e havia uma enorme troca cultural por esse corredor.

Foi visto como um protetor dos judeus. Eles já eram agradecidos ao seu avô Ciro II, por tê-los libertado do cativeiro babilônico. Na Torá, casado com uma judia, Xerxes aparece salvando os judeus
de uma tentativa de genocídio.

Provavelmente injustiçado. Os gregos são a maior fonte sobre sua vida e, naturalmente, essa narrativa é enviesada. Eles chegaram a dizer que seu exército tinha 2 milhões de homens, um completo disparate. Então seus atos malignos talvez também tenham sido inventados".(Revista Aventura na História/Setembro/2017)


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