Lá fora, o sol brilha acompanhado de um vento fresco e pela previsão do tempo, vai chover de novo. Afinal, nossa primavera-verão é chuvosaaaaa...
Eu estava lendo a revista superinteressante de novembro e encontrei uma recomendação sobre o livro "Os Fornos de Hitler", que acabou de chegar ao Brasil e na web achei um breve comentário sobre o mesmo. Quanto mais sabemos sobre o 3º Reich, mais estarrecidos ficamos. É claro que nesses tempos de negação do Nazismo, Holocausto e outros fatos históricos, é importante esse tipo de leitura para ir compreendo o que se passou na Alemanha dos anos 30 e a 2ª Guerra Mundial.
"Arbeit machr frei (“o trabalho liberta”). Era essa a
inscrição na entrada do maior campo de concentração nazista. Erguido em
1940 nos subúrbios da cidade de Oswiecim, na Polônia, ele tinha três
partes: Auschwitz I, a mais antiga; Auschwitz II-Birkenau, que reunia o
aparato de extermínio; e Auschwitz III-Buna, com cerca de 40 subcampos
de trabalho forçado.
As primeiras vítimas do nazismo foram poloneses, seguidos de
soviéticos, ciganos e prisioneiros de guerra. Em 1942, o campo voltou-se
para a destruição em massa dos judeus. Lá, cerca de 1,1 milhão de
pessoas morreram a maioria em câmaras de gás. Em Auschwitz, os presos
eram obrigados a usar insígnias nos uniformes conforme a categoria –
“motivo político” era um triângulo vermelho; “homossexual”, um rosa.
Muitos foram usados em experimentos médicos.
Entre as vítimas estava Olga Lengyel. Uma judia que vivia com o
marido e os seus filhos na cidade de Cluj, capital da Transilvânia. Ao
ouvirem relatos sobre as atrocidades cometidas pelos nazistas em terras
ocupadas, não acreditaram que isso poderia se tornar um pesadelo real.
Em 1944, o seu marido, que era médico, seria deportado para
Alemanha. Ela acreditava que o companheiro seria enviado para suprir a
falta de médicos, e assim optou por segui-lo com os filhos. Contudo, era
uma emboscada. O destino final da família seria Auschwitz. No local,
Olga perdeu a sua família. Entretanto, sobreviveu para contar a sua
trajetória.
Publicado pela primeira vez no Brasil, Os Fornos de Hitler,
apresenta um dos primeiros relatos sobre o horror dos campos de
extermínio nazistas. “As pessoas devem se unir em momentos de perigo.
Colocar em risco um grupo significa colocar em risco todos nós”, afirma a
autora. “Memórias não servem apenas para nos lembrarmos do que
aconteceu. Elas guiam nossas ações no futuro.”
Com uma narrativa emocionante e crua, Lengyel detalha como era a
vida em Auschwitz e o horror cometido pelos nazistas. Confira um trecho:
(...) Os alemães deixavam vivos alguns milhares de deportados de cada
vez, mas apenas para facilitar o extermínio de milhões de outros.
Faziam tais vítimas executar seu trabalho sujo. Elas faziam parte do
sonderkommando. Trezentas ou quatrocentas serviam em cada forno do
crematório. Seu dever consistia em empurrar os condenados para dentro
das câmaras de gás e, depois que o assassinato em massa tivesse sido
cometido, abrir as portas e transportar os cadáveres."(revistaaventurasnahistória)
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