Ultimamente não tenho postado nenhuma notícia relevante, pois ando imensamente desanimada com os jovens da Era da Informação que são mais desinformados que seus pais. Entretanto, hoje ao assistir o Jornal Hoje fiquei emocionada com Nicole Oliveira de apenas 8 anos e que é apaixonada pelos estudos e pelas Ciências em geral. Ainda há esperança nesse Brasil de alunos que prezam por informações sem nenhum conteúdo que vá aumentar seu intelecto. Viva a pequena Nicole, uma criança com um um intelecto de um grande gênio da Humanidade.
"Certa vez, o respeitado divulgador científico Carl Sagan (1934-1996) disse em um livro: “Em algum lugar, algo incrível está esperando para ser descoberto“.
Com essa mesma visão apaixonada pelo universo, a pequena Nicole Oliveira, 8 anos, tem ido longe em busca de grandes descobertas sobre o espaço.
Atual bicampeã da OBA (Olímpiada Brasileira de Astronomia e Astronáutica) e a pessoa mais nova a integrar a IASC (International Astronomical Search Collaboration), programa de descobertas da NASA, Nicole aguarda uma resposta para saber se os 7 asteroides descobertos por ela, são inéditos.
A paixão por astronomia começou quando Nicolinha, como é carinhosamente conhecida, tinha apenas 2 anos.
“Sempre pedia ao papai e a mamãe por uma estrela e eles sempre me davam de pelúcia e de brinquedo, não entendiam que eu queria mesmo era uma do céu”, afirmou a pequena.
De acordo com Zilma Oliveira Simião, mãe de Nicole, ela e o marido não conheciam o assunto, tampouco a família – essa vontade surgiu da própria menina em querer saber mais sobre o cosmos.
Quando fez 4 anos, Nicolinha fez um pedido surpreendente para seus pais: ela trocaria todas as suas festas de aniversário por um telescópio.
“Ficamos surpresos, principalmente por ser um equipamento com o valor altíssimo e ela mesma teve a ideia de ficar sem as festas. Então, compramos, porque ela ama demais o que e logo decidiu que queria fazer o curso de astronomia”, contou Zilma.
De lá pra cá, a menina não parou mais: aos 6 anos ingressou em um curso de astronomia pelo Centro de Estudos Astronômicos de Alagoas (CEAAL), “junto aos adultos e sem faltar nenhuma aula”, como ela mesma conta, toda orgulhosa.
No ano passado, enquanto assistia a uma live do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Nicole descobriu o programa “Caça-asteroides”, feito em parceria com a NASA. “Pesquisei sobre e vi que precisava de uma equipe, então a mamãe e o papai entraram comigo, fiquei muito feliz, porque queria muito participar”, contou Nicole.
Desde então, a pequena está em uma equipe junto com seus pais e crianças do clube de ciências criado por Nicole. Até aqui, a pequena astrônoma identificou 7 asteroides, que se forem confirmados, a tornam a pessoa mais jovem a descobrir um asteroide.
“A pesquisa é toda feita pelo software que a IASC disponibiliza assim conseguimos observar as imagens, todos os que eu descobri já estão em análise preliminar”, explicou.
Já o processo de reconhecimento é feito pela NASA, no programa Inter-Agency Standing Committee (Comitê Permanente Interinstitucional, em português) e é um processo que leva até 8 anos para ser finalizado.
Quando não está ‘caçando’ asteroides, Nicolinha também mantém uma rotina com a ajuda da mãe. “Pela manhã ela estuda remotamente, devido à pandemia e à tarde tem suas atividades extraclasse, como o curso de inglês. A agenda é organizada para que ela possa fazer suas tarefas mas também ter descanso e lazer”, explicou Zilma. “Eu gosto muito de estudar, então, não tenho matéria favorita, adoro todas”, informou Nicole.
Para Zilma, que trabalha como artesã, é impossível não apoiar a paixão da filha pela ciência. “A Nicole conquistou muito nos últimos dois anos, além dos cursos, palestras e eventos que ela participou. Seria impossível não apoiar, com ela tendo tanto amor pelo que faz”. Para o futuro, Nicolinha já sabe o que deseja: “Quero me formar em engenharia aeroespacial, para construir foguetes e levar as pessoas para o espaço. Meu maior sonho é que todas as crianças no mundo possam ter acesso à ciência, tecnologia, astronomia e tudo mais que sonharem”.
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