E depois de alguns dias estamos de volta com a notícia de uma descoberta arqueológica no sul da Inglaterra. Sim, foi uma igreja anglo-saxã medieval de 900 anos mais ou menos. É claro que os ingleses têm o maior respeito por essas descobertas e a construção da rede ferroviária foi parada até que o local seja devidamente identificado para futuros estudos.
"Um time de pesquisadores estava realizando um trabalho de escavação em Stoke Mandeville, no sul da Inglaterra, para a construção da rede ferroviária High Speed 2 (HS2), quando se deparou com vestígios de uma paróquia normanda. O que eles não esperavam é que iriam encontrar uma igreja anglo-saxã sob a estrutura.
Os arqueólogos descobriram tijolos romanos, paredes e pedaços de piso sob a igreja conhecida como St. Mary’s Old, que foi construída em 1080, pouco depois da conquista dos normandos. Embora bastante antiga, ela foi restaurada nos séculos 13, 14 e 15, mas acabou se tornando ruínas na década de 1960 com o desuso.
A surpresa maior foi com o que estava embaixo da igreja, que datava do período pré-normando. Segundo os especialistas envolvidos no trabalho de campo, a fundação encontrada no local é bastante parecida com a de uma igreja anglo-saxã localizada na cidade de Barton, o que os levou a pensar que também se trata de uma capela.
Os estudiosos acrescentaram que foi encontrada uma vala circular na igreja que remonta à 900 anos atrás, onde provavelmente estiveram enterradas pessoas. Restos humanos e artefatos também foram encontrados, embora a identificação dos objetos ainda não tenha sido divulgada ao público.
“O trabalho realizado na St. Mary’s Old é uma oportunidade arqueológica única para escavar uma igreja paroquial medieval com mais de 900 anos de significado para a comunidade local”, disse a arqueóloga Rachel Wood, líder das escavações, em nota, repercutida pela revista Galileu.
“Também nos dá a chance de aprender mais sobre a comunidade que usou a igreja e entender as vidas que tiveram”, acrescentou.
"Todos os artefatos e restos humanos descobertos serão tratados com dignidade, cuidado e respeito e nossas descobertas serão compartilhadas com a comunidade por meio de dias abertos e palestras de especialistas”, afirmou Helen Wass, chefe de patrimônio do HS2."
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