O Dia Internacional da Mulher ou Dia da Mulher é comemorado anualmente em 8 de março, e não é considerado um feriado nacional.
A comemoração do Dia Internacional da Mulher foi oficializada em 1921, mas o marco oficial para a escolha da data em 8 de março foi uma manifestação das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho, acontecimento que data de 8 de março de 1917.
Essa manifestação, que contou com mais de 90 mil russas ocorreu durante a Primeira Guerra Mundial e ficou conhecida como "Pão e Paz".
Mas, a luta das mulheres por melhores condições de vida e trabalho começou a partir do final do século XIX, principalmente na Europa e nos Estados Unidos.
As jornadas de trabalho de 15 horas diárias, os baixos salários e a discriminação de gênero eram alguns dos pontos que eram debatidos pelas manifestantes da época.
De acordo com registros históricos, o primeiro Dia da Mulher foi celebrado nos Estados Unidos em maio de 1908, onde mais de 1.500 mulheres se uniram em prol da igualdade política e econômica no país.
Em agosto de 1910, a jornalista e política feminista Clara Zetkin propôs a realização anual de uma jornada pela igualdade de direitos das mulheres, sem uma data específica.
Na verdade, vários acontecimentos levaram à criação de um dia especial para as mulheres. Um deles foi o incêndio numa fábrica de camisas em Nova York, ocorrido em 25 de março de 1911, que mataria 146 pessoas, das quais 129 eram mulheres. O número de vítimas se explica pelas péssimas condições de trabalho e porque uma porta estava fechada para impedir a fuga das trabalhadoras.
Na década de 60, na sequência de notícias publicadas em jornais alemães e franceses foi criado o mito de uma suposta greve que teria ocorrido em 8 de março de 1857, em Nova York. Mas, essa greve não aconteceu.
Com as transformações trazidas com a Segunda Revolução Industrial e, após a manifestação das mulheres russas, que determinaria a escolha do dia 8 de março, as fábricas incorporaram as mulheres como mão de obra barata. No entanto, devido às condições insalubres de trabalho, os protestos eram frequentes.
Também nas primeiras décadas do século, as mulheres começam a lutar pelo direito ao voto e à participação política.
Apesar disso, por muito tempo, a data foi esquecida e acabou sendo recuperada somente com o movimento feminista nos anos 60. A Organização das Nações Unidas, por exemplo, somente reconheceu o Dia Internacional da Mulher em 1975.
E é interessante saber que as cientistas no Brasil, também merecem respeito por sua História de lutas no Mundo dos homens cientistas.
''Para aumentar o acesso às disciplinas STEM (Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática) e também reduzir a diferença de gênero nessas áreas do conhecimento, a multinacional 3M realizou a segunda edição do prêmio “25 Mulheres na Ciência da América Latina”. Entre as premiadas em 2022, estão seis cientistas brasileiras cuja trajetória e qualidade do trabalho foram reconhecidas por especialistas.
Para prestigiar as 25 mulheres cujo trabalho impactou de forma positiva as suas comunidades, além de incentivar meninas e mulheres a seguirem carreiras nas áreas da ciência, a 3M criou um processo de avaliação, que considerou os seguintes critérios:
Potencial impacto social direto ou indireto na América Latina;
Inovação do projeto;
Viabilidade do projeto;
Maturidade da ideia e Capacidade e experiência.
No Brasil, seis mulheres cientistas foram vencedoras e reconhecidas nesta segunda edição do programa, por sua trajetória e trabalho, que são:
Thamy Lívia Ribeiro Corrêa apresentou um projeto sobre a descoberta de novas enzimas e explicou mecanismos de despolimerização e reutilização de plásticos;
Renata Bannitz Fernandes desenvolveu um biofármaco inovador para o tratamento da leucemia infantil;
Rosangela Silqueira Hickson Rios defendeu a identificação de novos alvos e novos fármacos para o tratamento da esquistossomose pelo processo de acoplagem molecular;
Andreza Martins validou a técnica de ionização/dessorção a laser (MALDI-TOF MS) para detectar o vírus SARS-CoV-2 em esfregaços nasofaríngeos/orofaríngeos;
Gabriela Venturini da Silva identificou marcadores de doença isquêmica;
Esther Pereira abordou a produção e caracterização do plástico PVDF e nanocompósitos de óxido de metal como biomateriais para aplicações biomédicas.
A segunda edição do prêmio de ciências contou, além das participantes brasileiras, com outras cientistas da América Latina. Após a seleção de projetos por um júri de renomados especialistas, destacaram-se outras 19 mulheres, da Colômbia, Peru, Panamá, Costa Rica, México, Chile e Argentina.
O objetivo da 3M é dar a maior visibilidade às carreiras e aos relatos das 25 cientistas latino-americanas. Para que o público em geral possa enviar mensagens de congratulações e interagir com essas mulheres que são um exemplo para seus países e para a humanidade, a empresa abriu um espaço em seu Blog de Curiosidade da 3M. Na página, podem ser encontradas maiores informações sobre a premiação e o trabalho das cientistas selecionadas.''
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