E lá se vão 20 anos do filme Scooby Doo e não tem quem não conheça o desenho animado. Eu assistia e se passar na TV aberta novamente não perco um desenho. No último dia 8 de junho foi comemorado a chegada do primeiro filme aos cinemas e é claro que estávamos lá para conferir como seria. Como fãs, nós adoramos e até hoje assistimos sempre que possível. Nem preciso dizer que quando a gangue de meu desenho e os dois caçadores mais charmosos de minha série favorita se encontraram foi a maior emoção já sentida. Estou falando do ep. Scoobynatural em Supernatural é claro.
''Dirigido por Raja Gosnell e roteirizado por James Gunn (sim, AQUELE James Gunn), a adaptação do célebre desenho da Hanna Barbera completou 20 anos no último dia 8. Lançado em 8 de junho de 2002 a adaptação teve uma recepção mista da crítica, mas uma ótima resposta da bilheteria e foi responsável pela marca do Scooby Doo ter uma nova alta no século 21 e é claro, responsável por encomendar uma sequência em 2004 que é bastante superior ao original. Além disso, esse filme ganhou bastante carinho e adoração por parte de um público que cresceu com o filme e as animações, e por isso, Scooby-Doo aparece constantemente entre uma das melhores adaptações de desenho em listas por aí afora.
E quanto a qualidade dessa adaptação? Scooby-Doo: O filme é um filme divertido, não é espetacular e está longe de ser um clássico do cinema infanto-juvenil como De volta para o Futuro, mas tem suas qualidades. Muitos delas se refletem no roteiro de James Gunn que ao mesmo tempo que mescla um humor adulto (alusões do Salsicha e seu gosto por Marijuana) também traz piadas metalinguísticas dentro da estrutura do filme como o Scooby-Loo sendo o grande vilão, o mesmo personagem que foi responsável pela queda de popularidade do desenho e que até hoje é odiado por muitos. Além disso, o filme também presta tributos ao desenho clássico “Scooby Doo, cadê você?” trazendo influências diretas do episódio “O ídolo do Terror” que também se passa em uma ilha com influências havaianas.
Além disso, o filme bebe da fonte do ótimo filme animado “Scooby-Doo: Na Ilha dos Zumbis” trazendo toda a ideia da Mistério S.A se desfazer e se reconectar de novo e a inclusão de monstros reais na trama, um elemento inédito na franquia. As inspirações também se fazem presentes na divertida introdução do filme que serve como um clássico episódio da série em carne e osso. A caracterização visual é outro mérito e os atores, Freddie Prinze Jr, Sarah Michelle Gellar e Linda Cardellini tem uma energia de filmes slashers principalmente como Pânico e que funciona dentro do filme. No entanto, quem brilha mesmo nessa adaptação é Matthew Lillard como Salsicha. Extremamente carismático e com uma química ótima com o Scooby-Doo feito por computação gráfica (também carismático até hoje por sinal). Matthew Lillard parece saído diretamente dos desenhos e rende os melhores momentos de humor do longa.
O roteiro de James Gunn também transforma as principais características dos personagens no desenho em problemáticas para seu desenvolvimento ao longo da trama, como o fato da Daphne sempre acabar numa armadilha ou ser capturada pelo vilão. Nesse filme podemos ver a raiz satírica que James Gunn tinha desde o início de sua carreira e que ficou tão popular com Guardiões da Galáxia e o Esquadrão Suicida. Ainda sim, o filme tem seus problemas principalmente com a direção não muito inspirada e o mistério que não consegue ser muito instigante. Ainda sim, é divertido e justifica o “status-cult de adaptação de desenhos animados” que adquiriu ao longo dos anos. Feliz 20 anos, filme do Scooby-Doo. ''
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