domingo, 19 de maio de 2019

A História Medieval em Game of Thrones

Finalmente a série Game of Thrones chega ao fim, assim o Sr. Martim pode terminar seus livros ou "Saga Medieval" em paz. A série foi muito bem feita, ganhadora de vários prêmios, entretanto, eu como uma leitora voraz sempre irei preferir folhear um livro de papel. E não me importo com quem torce o nariz para a leitura que nos torna realmente cultos ou porque não estou nenhum pouco preocupada com quem vai sentar-se no trono de ferro, uma vez que nunca acompanhei a série em sua totalidade.

A inspiração  de George R.R. Martim para escrever sua Saga veio dos livros de História e Martin reconhece a influência do Profº Tolkien em sua vida desde a infância, quando leu pela primeira vez o livro O Hobitt. Então, como não amar um escritor que respeita e reverencia o maior  gênio da literatura fantástica do início do Séc. XX? 

Para quem tem preguiça de efetuar a leitura de seus livros maravilhosos, saiba que tem fatos históricos do início ao fim. Uma coisa é certa: todos que acompanharam as 8(oito) temporadas de um jeito ou de outro acabaram tendo que gosta da História Medieval, período chamado por muito tempo de "Idade das Trevas".

Em tempos de intolerância há momentos que penso que estamos retornando à Idade Média e o pior além da submissão das mulheres, casamentos sem amor, foi a queima dos livros e pessoas, principalmente as Bruxas, mulheres sabias, que segundo a Igreja Católica estavam sob o domínio dos Demônios ou do próprio Satã.!

 
"1. A Muralha
 

A Muralha em si também é inspirada na Muralha de Adriano, que fica próxima à atual divisa da Inglaterra com a Escócia. Construída durante o Império Romano, entre os anos 122 e 126, ela também servia para impedir as invasões dos bárbaros (no caso, os escoceses). Na vida real a fortificação foi feita de pedras e madeira e em GoT ela foi erguida com blocos de gelo sólido. 
2.Starks vs. Lannisters
 

A treta da ficção é inspirada na rivalidade real entre os Yorks e os Lancasters, que culminou na Guerra das Rosas (entre 1327 e 1377). Os Yorks – assim como os Starks – eram uma família do norte do Reino Unido, já os Lancasters eram uma galera extremamente rica – igual aos Lannisters. Até os nomes são parecidos, reparou? Assim como em GoT, de início as famílias eram aliadas, mas acabaram em guerra. Na vida real, a rivalidade teve início durante a famosa Guerra dos Cem Anos.
 3. Cersei Lannister
 

O History Behind Game of Thrones aponta três mulheres que teriam inspirado a criação da rainha de Westeros: Margarida de Anjou, Elizabeth Woodville e Lucrezia Borgia. Margarida foi uma das líderes da Casa de Lancaster, bem como uma das figuras mais influentes da Guerra das Rosas. Era conhecida como uma mulher manipuladora, arrogante impiedosa e sedenta de poder. Elizabeth era descrita como uma mulher belíssima, com olhos frios e longos cabelos dourados. Além disso, assim como Cersei, ela era uma matriarca que colocava a família e o poder à frente de tudo e foi uma mulher mal quista pela sociedade, sendo alvo constante de rumores maldosos. Já Lucrezia teria inspirado George R. R. Martin por conta dos boatos de que ela tinha um caso com próprio irmão.
 

 4. Joffrey Baratheon
 

Sim, até o cara mais odiado da série foi inspirado em um personagem histórico! Ele é uma versão de Edward de Lancaster, filho do rei Henrique VI e Margareth de Anjou. Segundo rumores, tal como Joffrey, o nobre tinha fama de sádico desde criança e ficou conhecido por decapitar seus desafetos. Morreu aos 17 anos, mas diferentemente do personagem de GoT – que foi envenenado – Edward foi morto a golpes de espada, durante uma batalha. Outra semelhança: boatos diziam que Edward não era filho legítimo de Henrique VI, pois o rei era impotente. 
5. Daenerys Targaryen
 

Dragões à parte, a Khaleesi tem muitas semelhanças com o rei Henrique VII. O cara nasceu na Inglaterra, mas passou boa parte da vida exilado na França depois que o pai foi morto pelos inimigos. Ele tinha apenas dois meses de idade quando seu pai foi assassinado. Na adolescência, Henrique voltou ao país natal e lutou ao lado dos Lancaster na Guerra das Rosas. Henrique VII é tido como grande responsável em colocar fim à guerra, o que fez com que ele fosse coroado rei. Seria isso uma espécie de spoiler?
 

 6. Theon Greyjoy

O herdeiro das Ilhas de Ferro foi inspirado em George Plantagenet, irmão de Eduardo IV de York. Ele entrou para a história por ter traído a própria família na Guerra das Rosas. Após lutar pelos York, o cara resolveu unir-se aos Lancaster por ganância, mas a aliança foi um fracasso. O irmão chegou a perdoá-lo, mas George acabou virando a casaca mais uma vez. Por fim, foi capturado e executado pelo clã York. 

7. O Casamento Vermelho
 

Esse momento chocante foi inspirado em três acontecimentos reais. Primeiramente, assim como Robb Stark, Eduardo IV (da Casa de York) resolveu casar-se por amor e em segredo, causando a revolta dos aliados durante a Guerra das Rosas. Mas a chacina em si remete principalmente ao famoso Jantar Negro, que rolou em 1440, na Escócia. Resumo da treta: na época o rei morreu e seu filho de 10 anos foi empossado, gerando disputa entre famílias poderosas que queriam ter a guarda do menino. O clã dos Douglas tornou-se guardião oficial do reizinho, o que fez com que duas outras famílias tramassem o assassinato deles. Assim como Walder Frey e Roose Bolton, em GoT, William Crichton e Alexander Livingston convidaram os Douglas para um jantarzinho básico. Na ceia, eles serviram uma cabeça de touro negro, que significava morte na época. Os Douglas foram então assassinados, sob a falsa acusação de que haviam traído a Escócia. Outro evento que teria inspirado George R. R. Martin foi o Massacre de Glencoe, que também rolou na Escócia, em 1692. Na ocasião, membros do clã MacDonald de Glencoe foram assassinados por seus anfitriões – do clã Campbell – pois haviam demorado demais para jurar lealdade ao rei William III, durante a chamada Revolução Gloriosa. 

8. Senhor da Luz
 

O titio R. R. Martin confessou que a seita de Melisandre remete ao zoroastrismo, considerada a mais antiga religião monoteísta da história. Para os zoroastras o fogo também era tido como entidade mística central, capaz de trazer sabedoria e proteção. Curiosamente, as noções de paraíso, ressurreição, juízo final e até mesmo de que um messias viria à Terra (pilares de crenças como o cristianismo, por exemplo) também surgiram a partir dessa religião persa."

 

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