segunda-feira, 26 de março de 2012

Fazenda Jacobina em Cáceres

"Este latifúndio   foi estabelecido em 1769   pelo português Leonardo Soares de Sousa. Ao longo de sua história constituiu-se em um importante estabelecimento produtor de charque e de açúcar,  que abastecia não só os grandes centros brasileiros como S. Paulo e Rio de Janeiro,  mas que também exportava para a Europa.

Como a maioria dos latifúndios no Brasil, utilizava em grande escala a mão-de-obra escrava. Entrou em decadência a partir de  1888, após a abolição da escravatura.

O viajante francês Hercules Florence,  que integrou a Expedição Langsdorff  ao interior do país entre  1825 e 1829,  tendo sido hóspede na Jacobina, registrou em seu Diário:
"Em  1827, a Jacobina era a mais rica fazenda da Província. Tinha 60 mil cabeças de gado, 200 escravos e igual número de alforriados"
Atualmente encontra-se tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, sofrendo intervenção de restauração por iniciativa do Governo do Estado de Mato Grosso.

O Dr. Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira,  principal líder da revolução baiana conhecida como Sabinada,  após ser detido (1838), foi julgado e condenado à prisão, pena comutada por degredo no Forte do Príncipe da Beira.  

Quando a caminho de Vila Bela da Santíssima Trindade,  adoeceu na vizinhança da Fazenda Jacobina, onde encontrou abrigo e proteção por parte do major João Carlos Pereira Leite,  então senhor da Jacobina.

Nesta fazenda Sabino permaneceu exercendo a sua profissão de médico, atendendo a enfermos de toda a Província, até à sua morte, no Natal de 1846,   nela tendo sido sepultado."
                                Restaurante em Jacobina
                             

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