Por volta da década de 40 apareceu perambulando pelas ruas da cidade, uma mulher negra, magra, alta, quase sem seios, cabelos encrespado, pele morena do sol, de sotaque nordestino, aparentava ter a época entre 25 a 27 anos de idade.
Era tão esguia que parecia uma palmeira, por isso a apelidaram de "Taquara”. Foi encontrada morta na década de 50, em seu barraco, já em adiantado estado de putrefação.
O artista plástico Haroldo Tenuta, cuiabano de nascimento e mineiro de coração, residiu desde a década de 40 em Belo Horizonte. Após conhecer Maria esculpiu sua imagem em bronze, cuja escultura se encontra na pequena praça no centro de Cuiabá, que leva o seu nome.
A figura mitológica de Maria Taquara é um bom exemplo de como uma pessoa do povo, simples, pode chamar a atenção e se tornar um ícone, ela fugia aos padrões da época. Foi a primeira mulher a usar calça em Cuiabá, lavava roupas e andava com uma mala na cabeça.
A calça comprida foi sua marca registrada, pois naquele tempo a calça era exclusiva para os homens. Taquara deixou como herança vários capítulos da sua história, que enriqueceu a cultura mato-grossense. Depois de chegar às páginas dos livros de cultura regional, Maria Taquara foi homenageada com uma praça no centro da capital." Fonte Diário de Cuiabá.
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