A companhia Suez de Ferdinand de Lesseps construiu o canal
entre 1859 e
1869. No
final dos trabalhos, o Egito e a França
eram os proprietários do canal.
Estima-se que 1,5 milhão de egípcios tenham participado da construção
do canal e que 125 000 morreram, principalmente de cólera.
Em 17 de fevereiro de 1867, o
primeiro navio atravessou o canal, mas a inauguração oficial foi em 17 de novembro de 1869. O
imperador da França Napoleão III, não estava presente, estando
enfermo, sendo representado pela sua esposa a Imperatriz Eugenia,
sobrinha do próprio Lesseps.
Ao contrário da crença popular, a ópera Aida não foi
encomendada ao compositor italiano Verdi para ser apresentada na
inauguração, que só foi concluída e apresentada dois anos depois. Também
presente como jornalista convidado, o escritor português Eça de Queiroz escreveu uma reportagem
para o Diário de Notícias de Lisboa.
O canal não possui eclusas, pois todo o trajeto está ao nível do mar,
contrariamente ao canal do Panamá. Seu traçado apóia-se em três planos
d'água, os lagos
Manzala, Timsah e Lagos Amargos.
O canal permite a passagem de navios de 15 m de calado,
mas trabalhos são previstos a fim de permitir a passagem de supertankers
com até 22 m até 2010.
Atualmente, esses enormes navios devem distribuir
parte da carga em outro tipo de transporte pertencente à administração
do canal a fim de diminuir o calado e
atravessar o canal.
A largura média do canal é de 365 metros, dos quais 190 m são
navegáveis. Inicialmente, esses dois valores eram de 52 e 44 m. Situados
dos dois lados do canal, os canais de derivação levam o comprimento
total da obra a 195 km.
Aproximadamente 15 000 navios por ano atravessam o canal,
representando 14% do transporte mundial de mercadorias. Uma travessia
demora de 11 a 16 horas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário