Salgueiro, chorão, sinceiro, vime, vimeiro e salso são os nomes comuns das plantas do género Salix, na família Salicaceae. É um género com perto de 400 espécies distribuídas em climas temperados e frios.
Terão aparecido apenas na Era terciária. Inclui plantas de porte muito diverso desde arbustos e pequenas plantas rastejantes, até árvores de porte considerável, geralmente em solos úmidos.
Na Bíblia é mencionada como uma árvore ribeirinha ( Salmos 137), o salgueiro sempre teve um impacto nas culturas que cresceram em zonas com mata ripícola.
Tem grande importância nos rituais judeus da festa das cabanas (Sukkot).
De acordo com a lei bíblica (Lev. 23:40), cada judeu tem que juntar
quatro espécies da natureza, amarrá-las juntas e abençoá-las. O
salgueiro é uma delas. O salgueiro, de acordo com a lei oral do judaísmo, não tem nem cheiro nem gosto e simboliza as pessoas ignorantes e pecadoras do povo de Israel.
Na mitologia romana, o salgueiro era uma árvore consagrada à deusa Juno e tinha propriedades para deter qualquer hemorragia e evitar o aborto.
Na China, era símbolo da imortalidade
porque cresce ainda que seja plantada ao contrário. Ainda hoje, na
China, decoram-se as portas das casas com folhas de salgueiro, durante o
solstício
de verão.
Para alcançar a imortalidade os ataúdes cobriam-se de folhas
de salgueiro. Ainda hoje, nas cerimónias fúnebres, o ataúde vai
acompanhado de um ramo de salgueiro com bandeirinhas penduradas.
Chama-se Lieu-tsing, ou "bandeira de salgueiro".
Os imperadores
ofereciam, aos seus cortesãos, durante o dia de Changki, ramas de
salgueiro e diziam estas palavras: "Levai-as para evitar os miasmas
envenenados ou as pestilências". Atribuíam-lhe, entre outras faculdades,
a de curar as chagas (fervendo as folhas na água).
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