O meteorito do Bendegó, também chamado Pedra do Bendegó (ou Bendengó)
foi encontrado em 1784 pelo menino Bernardino da Mota Botelho, filho do
vaqueiro Joaquim da Mota Botelho, próximo ao riacho do Bendegó.
É o maior meteorito já encontrado em solo brasileiro. No momento do seu
achado, tratava-se do 2º maior meteorito do mundo, mas hoje ocupa o 16º
lugar, em tamanho. A julgar pela camada de 435 cm de oxidação sobre a
qual ele repousava, e a parte perdida de sua porção inferior, calcula-se
que estava no local há milhares de anos
A respeito do ano da descoberta há uma certa confusão, sendo que a maioria das fontes, incluindo historiadores baianos como José Aras e José Calasans, citam o ano de 1784. Porém em alguns lugares pode se encontrar o ano de 1774.
A notícia do achado correu o mundo, chegando aos ouvidos do governador D. Rodrigues Menezes, que em 1785 ordenou o seu transporte até Salvador,
pelo capitão-mor da vila de Itapicuru, Bernardo Carvalho da Cunha.
Devido ao peso de mais de 5 toneladas, mesmo com doze juntas de bois não
foi possível transportá-lo, e a pedra acabou despencando ladeira abaixo
e caindo no leito seco do riacho Bendegó, a 180 metros do local
original. Ali ficou por mais de 100 anos.
A pedra mede aproximadamente 2,20m x 1,45m x 58 cm, e tem um peso de
5.360 quilos. Tem formato achatado, parecendo uma sela. Um extremo do
meteorito foi cortado para análise, determinando-se a sua composição de
ferro e 6,5% de níquel com outros elementos em pequena quantidade.
Existem hoje 4 réplicas da pedra, em tamanho real. A primeira foi confeccionada em madeira para figurar na Exposição Universal de Paris em 1889, e está hoje no Palais da Découverte em Paris. A segunda, em gesso, foi feita na década de 1970 e está no Museu do Sertão em Monte Santo, próximo ao lugar onde o meteorito foi originalmente encontrado. Outras se encontram no Museu Geológico da Bahia, em Salvador, e no Museu Antares de Ciência e Tecnologia, em Feira de Santana - BA
Nenhum comentário:
Postar um comentário