Mas o tamanho e a violência do impacto fazem desse o maior registro da entrada de um grande asteroide em nossa atmosfera na história moderna – e um alerta para a necessidade de nos mantermos vigilantes contra os perigos vindos do espaço, em especial após o incidente ocorrido em 2013, com a queda de outro asteroide também na Rússia.
Depois de anos de estudos e debates, cientistas
estimaram que o asteroide que caiu em Tunguska tinha por volta de 36
metros quadrados e entrou em nossa atmosfera a uma velocidade de 54 mil
km/h. Ele sequer chegou a tocar o solo: na queda, atingiu uma
temperatura de 24 mil graus Celsius, fragmentando-se numa bola de fogo
com energia equivalente a 185 bombas de Hiroshima, que destruiu uma área
de 1.200 quilômetros quadrados de floresta, com mais de 8 milhões de
árvores.
O evento provocou uma onda de calor sentida a mais
de 60 quilômetros de distância, além de tremores de terra registrados
até na Inglaterra. A poeira levantada pelo impacto fez refletir a luz
solar e fez brilhar o céu noturno em toda a Ásia durante dias. Pelo
isolamento e condições extremas da região, não há registros de vítimas
humanas.
Mesmo tendo o impacto ocorrido em 1908, apenas em 1927 a
primeira expedição científica conseguiu chegar ao epicentro do evento,
dadas as condições climáticas inóspitas da região. Até hoje a comunidade
científica debate sobre Tunguska para entender o que realmente
aconteceu e como era o corpo que atingiu nosso planeta, sua composição e
origem.
O episódio também serviu de combustível para
teorias conspiratórias que falam desde uma óbvia visita de
extraterrestres até a utilização de um ‘raio da morte’ supostamente
inventado por Nikola Tesla. Na época, a população local foi reticente na
relação com os exploradores, pois acreditava que o incidente fora
causado por uma visita do Deus Ogdy, que amaldiçoara o local, matando
plantas e animais." (cienciahoje.tumblr.com/.../imagem-da-semana-incidente-em-tunguska)
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