Atualmente é impossível "viver" sem o uso das tecnologias digitais num pais de dimensões continentais como o Brasil. Ainda que exista cidades que sequer possuam energia elétrica que dirá computadores? Mas, imagine os jovens que moram em Cuba?
(...) O acesso à internet em casa é proibido para praticamente todos os cubanos e o governo cobra quase um quarto de um salário mensal, salário é de 25 dólares e o uso da net 9 dólares, por uma hora em hotéis e centros administrados pelo governo.
Uma pequena minoria projetou, em segredo, uma solução parcial. Eles juntaram recursos para criar uma rede privada de mais de 9 mil computadores usando antenas de Wi-Fi pequenas e baratas, porém poderosas, e cabos pendurados nas ruas e nos telhados da cidade.
A SNet começou como um pequeno grupo de usuários conectados no ano 2001 e permaneceu assim por uma década. "Nós realmente precisamos da internet porque há muita informação online, mas pelo menos isso nos satisfaz um pouco porque nos sentimos conectados a algumas pessoas, conversamos com elas", diz Rafael Antonio Broche Moreno, engenheiro elétrico de 22 anos que ajudou a projetar a rede, conhecida como SNet, uma forma mais curta da palavra 'streetnet' - algo como 'internet das ruas'.
Ele descreveu uma série de acordos tácitos com autoridades que deixaram a SNet funcionar desde que respeite a legislação cubana - as centenas de sinais da rede são informalmente monitoradas por voluntários que buscam garantir que os usuários não compartilhem pornografia, discutam política ou liguem a SNet a conexões ilegais da internet real.
Centenas de pessoas estão conectadas o tempo todo, participando como personagens de jogos online com vários participantes, como "World of Warcraft" ou "Call of Duty". Eles trocam piadas e fotos em salas de bate-papo e organizam eventos no mundo real, como festas ou viagens para a praia."(Jornal A Gazeta - 15/2/2015)
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