Eu estou trabalhando com meus alunos sobre a História da Ditadura Militar,1964-1984, no Brasil e já falamos sobre os órgãos da repressão existente no país. Eu apresentei uma reportagem do Jornal da Record sobre os "porões da ditadura" e numa delas a figura do Comandante Ustra foi destaque. E para nossa surpresa acabamos de ler a notícia que reproduzirei abaixo:
"Morreu na madrugada desta quinta, no Hospital Santa Helena, o coronel
reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra. Ele foi comandante do
Destacamento de Operações Internas (DOI-Codi) de São Paulo no período de
1970 a 1974, durante a ditadura militar. O coronel estava tratando
contra câncer.
Ustra foi acusado pelo Ministério Público
Federal por envolvimento em crimes como o assassinato do militante
comunista Carlos Nicolau Danielli, sequestrado e torturado nas
dependências do órgão. Em 2008, tornou-se o primeiro militar a ser
reconhecido, pela Justiça, como torturador durante a ditadura.
Em
maio de 2013, ele compareceu à sessão da Comissão Nacional da Verdade.
Apesar do habeas corpus que lhe permitia ficar em silêncio, Ustra
respondeu a algumas perguntas. Na oportunidade, negou que tivesse
cometido qualquer crime durante seu período no comando do DOI-Codi
paulista. Disse também que recebeu ordens de seus superiores no Exército
para fazer o que foi feito, e que suas ações à frente do órgão tinham
como objetivo o combate ao terrorismo.
Em abril de 2015, a
ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, suspendeu uma
das ações penais contra Ustra, que tramitava na Justiça Federal em São
Paulo. Atendendo pedido feito pela defesa do militar, a ministra disse,
na decisão, que era necessário aguardar o julgamento da Lei de Anistia,
pela própria Corte."(Correio do Povo)
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