E as descobertas da Paleontologia continuam acontecendo... O fóssil do dinossauro Lufengossauro foi descoberto em 2008 e desde então os paleontólogos estão pesquisando sobre o mesmo. E nesta semana foi apresentado alguns dos resultados e que irão mudar o que já sabemos sobre esses animais fabulosos.
"A
costela de um dinossauro herbívoro de pescoço longo que viveu há 195
milhões de anos forneceu o que pode ser o vestígio de tecido mole mais
antigo já recuperado, disseram cientistas na terça-feira.
A
descoberta promete uma chance de extrair pistas raras sobre a biologia e
a evolução de animais extintos há muito tempo, escreveu uma equipe de
pesquisadores na revista científica Nature Communications. Essas informações são, em sua maioria, ausentes em esqueletos duros preservados, que formam a maior parte dos registros fósseis.
"Nós
mostramos a presença de proteína preservada em um dinossauro de 195
milhões de anos, pelo menos 120 milhões de anos mais antiga do que
qualquer outra descoberta similar", disse à AFP o coautor do estudo
Robert Reisz, da Universidade de Toronto Mississauga.
"Essas
proteínas são os blocos de construção dos tecidos moles de animais, e é
emocionante entender como eles foram preservados", acrescentou. Reisz
e uma equipe escanearam um osso de costela de Lufengossauro, um
dinossauro comum no período Jurássico Inferior, que media até oito
metros de comprimento.
Os
pesquisadores usaram um feixe de fótons no Centro Nacional de Pesquisa
de Radiação Síncrotron em Taiwan para examinar o interior do osso,
especificamente seus conteúdos químicos.
Eles
encontraram evidências de proteínas de colágeno dentro de pequenos
canais na costela e concluíram que se tratava "provavelmente de restos
dos vasos sanguíneos que forneciam sangue para as células ósseas do
dinossauro vivo".
A maioria dos estudos anteriores extraíram restos orgânicos através da dissolução de outras partes do fóssil, disse a equipe.
Com
o método síncrotron, isso não é necessário, e até mesmo os restos mais
antigos podem ser revelados sem danificar os ossos de dinossauros.
A
descoberta mais antiga anterior de suspeita de hemácias e fibras de
colágeno foi relatada em 2013, em dinossauros que viveram cerca de 75
milhões de anos atrás.
Proteínas
e outros resíduos orgânicos geralmente se decompõem logo após a morte
de um animal. Durante a fossilização, o espaço que este material ocupa
no interior do osso é preenchido por depósitos minerais transportados
por águas subterrâneas.
Portanto, é muito raro encontrar tecidos moles fossilizados."(https://noticias.uol.com.br/)
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