A chegada de duas mulheres ao mundo econômico da Arábia Saudita não significa que os homens estão mais abertos a uma possível liberdade feminina. Eles podem estudar, trabalhar, viajar ao exterior com autorização do pai, marido ou irmão, entretanto, dirigir um automóvel nem pensar. No mundo dos homens estar num cargo tão importante como a Bolsa de Valores já é uma vitória para essas mulheres.
"Duas mulheres sauditas foram nomeadas para dirigir grandes
instituições financeiras na Arábia Saudita, incluindo a Bolsa de
Valores, o primeiro mercado financeiro árabe, apesar das restrições
impostas às mulheres no regime ultraconservador do Golfo, governado por
uma versão ortodoxa do Islã. A informação é da Radio France
Internationale (RFI).
O Samba Financial Group anunciou o nome de
Rania Mahmoud Nashar como presidente do banco. Em uma notificação à
Bolsa de Valores, o grupo afirma que Nashar tem experiência profissional
de quase 20 anos e foi formada internamente por meio de um programa de
treinamento para cargos de gestão.
Mesmo se outras sauditas
continuam a assumir vários cargos de responsabilidade, as contratações
de duas mulheres para chefiar instituições financeiras decisivas para o
mercado são raras em um país que impõe muitas restrições às mulheres.
A
Arábia Saudita é o único país do mundo a proibir mulheres de dirigir.
Além disso, elas precisam do acordo de um parente próximo, como pai,
marido ou irmão, para aceitar um emprego, estudar ou viajar para o
exterior. Embora essa permissão raramente seja necessária para cargo no
setor público, organizações de defesa dos direitos das mulheres sauditas
afirmam que o documento é muitas vezes necessário no setor privado.
O
banco Samba destacou que Rania Mahmoud Nashar é reconhecida por uma
associação americana que combate crimes financeiros, como uma das
especialistas na luta contra a lavagem de dinheiro."(agenciabrasil.ebc.com.br/)
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