Quando não se conhece ou não se interessa pela História do Brasil, um capítulo real passa como obra de ficção para a maioria dos brasileiros. E nem precisa dizer que a web literalmente "quebrou" com o famoso "grito do Ipiranga"; e pela primeira vez D. Pedro apareceu montado numa mula branca e não num cavalo andaluz.
Esse livro do argentino Marsilio Cassotti joga mais luz sobre essa austríaca que se apaixonou por D. Pedro e pelo Brasil. Estudar a História do Brasil deveria ser um prazer e não uma obrigação para os alunos ou brasileiros em geral. E quanto mais livros forem escritos para que todos possam conhecer nossa História melhor.
"Leopoldina de Habsburgo é uma personagem decisiva na história do Brasil. No entanto, sua vida íntima é pouco conhecida. Esta obra revela o pano de fundo de suas experiências, desde sua infância como uma pequena arquiduquesa austríaca, durante as guerras napoleônicas contra a Áustria, até o Congresso de Viena, no qual se aventa seu casamento com o “tão belo quanto Adônis” príncipe do Brasil — país dos sonhos que ela estava predisposta a amar.
Baseada no que contam (e ocultam) as cartas de Leopoldina, em um tom intimista e em estilo semelhante ao da ágil escrita do vienense Stefan Zweig (falecido em Petrópolis), esta obra de Marsilio Cassotti é um relato sentimental e político, de transcendência europeia, mas ambientada no Brasil. É a biografia de uma mulher excepcional, escrita com rigor histórico, que se lê como um romance.
A arquiduquesa Leopoldina herdou as características físicas tradicionais dos Habsburgo do ramo austríaco. Era loura, de pele muito branca, e tinha os olhos azuis, de uma beleza que jamais perderia. Durante a infância se parecia muito com a arquiduquesa Maria Clementina, que nasceu pouco depois de ela completar um ano, e que em família seria chamada simplesmente de Maria.
Segundo os diários de uma condessa dinamarquesa que visitou Viena no ano do nascimento dessa arquiduquesa, a imperatriz estava tão apaixonada por seu esposo que tentava evitar que ele se relacionasse com outras mulheres da corte.
O estilo de vida da família imperial imposto por ela, que alguns chamariam equivocadamente de “burguês”, por conta de sua aparente simplicidade, teria sido, segundo a condessa, uma forma de garantir que o marido não se encontrasse muito com algumas belíssimas mulheres da aristocracia vienense.
Os burgueses de Viena, por sua vez, consideravam Maria Teresa uma mulher de virtude inatacável, que realizava as obras de caridade que se esperava que uma imperatriz realizasse, tarefa na qual se fazia acompanhar por suas filhas à medida que cresciam."(livrandante.com.br).
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