"O mestre do terror John Carpenter nos brindou com tudo o que se poderia imaginar no gênero: aliens, carros assassinos, espíritos chineses, assassinos em série, uma sociedade secreta, névoa sobrenatural, fantasmas, crianças do capeta. etc. Faltava uma investida em um trabalho que nos trouxesse os personagens mais icônicos do cinema: vampiros.
Longe do seu auge (do início dos anos 80 até metade da década de 90), Carpenter ainda produzia bons filmes, mas sem o glamour e o prestígio de outrora. E é nesse período que ele concebeu Vampiros de John Carpenter (Vampires, 1998), baseado no livro homônimo de John Steakley.
James Woods dá vida ao marrento protagonista Jack Crow, líder de um grupo de matadores de vampiros à seviço do Vaticano. Ao cruzar com o poderoso Jan Valek (Thomas Ian Griffith), um poderoso vampiro mestre que acredita-se ser o primeiro da raça, e ver seu grupo ser dizimado pelo mesmo, Crow e seu amigo Anthony Montoya (Daniel Baldwin - mais um...) e o obstinado padre Adam Guiteau (Tim Guinee) decidem usar Katrina, uma prostituta mordida por Valek e que possui uma ligação psíquica com o mesmo, para encontrá-lo antes que que este tome posse de um poderoso artefato sagrado que lhe permitirá andar sob a luz do dia.
Mesmo com um ponto de partida tão simples e batido, o filme traz coisas novas, a começar pelo modo como o grupo de Crow mata os vampiros: invadem seu covil à luz do dia, enfiam estacas de madeira no coração das criaturas e puxam para a rua com um Jeep. Sem muita badalação, coreografia ou equipamento de última geração. Só uma estaquinha de madeira e um cabo de aço.
E o grupo de Jack Crow é outro atrativo do filme. Pode-se dizer que são os matadores de vampiros mais Rock 'N Roll do cinema, vestindo calça jeans e jaqueta de couro, matando vampiros de dia, bebendo com prostitutas à noite, sempre ao som da trilha roqueira composta pelo próprio Carpenter."
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