Em Mato Grosso temos inúmeras festas de cunho religioso. Pela primeira vez eu fui assistir a Cavalhada em Poconé. E foi incrível ver a História das Cruzadas Medievais desfilando a sua frente e confesso que achei extremamente interessante e poucos cuiabanos conhecem e valorizam.
O público que prestigiou, neste domingo (23/6), a tradicional Festa da
Cavalhada, na cidade de Poconé (a 120 quilômetros de Cuiabá) não era muito grande, entretanto, bastante animado e atento.
Considerada Patrimônio imaterial da cultura pantaneira, a Cavalhada de
Poconé foi inserida no folclore brasileiro, na década de 1950.
Eu espero que com a presença dos jornalistas da TV Centro América/Globo, a festa possa ganhar um contorno realmente turístico para proporcionar um aumento na economia do município. E recomendo que todos os matogrossense possam visitar Poconé e valorizar mais a nossa Cultura.
"Festividade de origem portuguesa teve inicio 1769, em comemoração à chegada de Luiz Pinto de Souza Coutinho, capitão general e terceiro governador da capital de Mato Grosso. A autoridade residiu no município pantaneiro de Poconé e fez com que a manifestação ganhasse destaque na cultura matogrossense.
São várias versões para o surgimento das Cavalhadas. Mas,
em Poconé se mantém a versão de que a batalha teve inicio, após o
sequestro da rainha Moura pelos Cristãos, em troca da conversão dos
Mouros ao Cristianismo. Como nenhum dos lados cederam, essa batalha
medieval de 732 tem sido retratada, até os tempos atuais, em diversas
cidades do Brasil.
Realizada por famílias festeiras da cidade,
a Cavalhada de Poconé tem o apoio da Prefeitura Municipal, Câmara dos
Vereadores e o comércio local, além de recursos do Estado de Mato
Grosso, através de emendas parlamentares.
As famílias poconeanas valorizam a tradição das Cavalhadas. Em muitos casos elas, são repassadas de pais para filhos. Assim, como o reinado é transferido de pai para filho, o posto de rainha, também passa de mãe para filha.
A festa começa em uma arena, com a entrada do exército Mouro de vermelho, o exército Cristão de azul, a rainha, os mantenedores (pessoas que mandam no exército), o embaixador e em seguida aparecem as bandeiras do Divino Espírito Santo e de São Benedito. Cavalos e cavaleiros ricamente ornamentados competem ao som de uma “caixa”.
Os Cavaleiros entram na arena e desfilam para o público nas
arquibancadas com as bandeiras de São Benedito e Divino Espírito Santo.
Em seguida, os encapuzados entram fazendo evoluções provocando a
batalha. Há então, o reconhecimento de área pelos exércitos Mouro e
Cristão acompanhados por seus 12 Pagens.
Na celebração a rainha moura é roubada pelo exército Cristão e o castelo é incendiado. Logo após o castelo ser queimado, inicia-se as competições que incluem: a cabeça do Judas, prova do limão, cabeça da rainha, entre outros. No final o exercito mouro coloca as bandeiras brancas na arena e declara a paz entre os dois exércitos.
A Cavalhada acontece todos os anos no mês de junho, durante a Festa de São Benedito. De 1956 a 1990 a comemoração esteve ausente no cenário cultural do Estado. Em 1991, após 35 anos, a festividade voltou a ser celebrada."
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