O longa de Dennison Ramalho"Morto não Fala", antes de estrear no Brasil em 2019 esteve em 40 festivais de todo o mundo e estrear, por streaming, em países como EUA e Austrália -, está o conto do jornalista Marco de Castro, publicado em seu blog, Casa do Terror.
Quem já se acostumou ao cinema brasileiro de gênero, mas ainda guarda algum complexo de inferioridade, achando que o terror dos gringos é melhor, vale destacar que o New York Times não deixou por menos e colocou The Nightshifter no mesmo plano de Nós, de Jordan Pelle, entre os melhores do ano.
No site Rotten Tomatoes, o índice de aprovação é de 92%. E tudo começou com o que seria uma série, quando a Globo encomendou um projeto à Casa de Cinema de Porto Alegre. A produtora Nora Goulart foi atrás de Dennison, que fazia doutorado de cinema nos EUA, na Universidade Columbia. A série terminou virando filme, porque a Globo tomou a si a divulgação.
"Desde as primeiras cenas vemos Stênio (Daniel de Oliveira), plantonista noturno de um necrotério, conversando com cadáveres que chegam ao insalubre, fedorento e gelado espaço de trabalho do protagonista. Trocar ideia com quem já se foi, para ele, é tão cotidiano quanto ver corpos sem vida na mesa de metal. Passam por ali mortos produzidos por desgraças diversas. De guerra de facções criminosas a vítimas de deslizamento de terra na favela. “Se eu conto aqui o que vocês me contam daí…”, provoca Stênio, num desses diálogos com o além.
Em uma noite qualquer, escuta segredo sobre a morte de Sujo, bandidão da periferia, pela polícia. Stênio quebra a harmonia espiritual invisível entre o lado de cá e o de lá e usa essa informação para se livrar de Jaime. Acaba, no fim das contas, atraindo para si e seus filhos, Ciça (Annalara Prates) e Edson (Cauã Martins), assombros de vingança."
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