Domingão é sempre perfeito para maratonar uma série na netflix. As manhãs continuam geladas e às tardes muito quentes, inclusive com umidade relativa do ar abaixo dos 20%.
Então, vamos relaxar e ficar frente a TV assistindo a série da vez Warrior Nun que estreou recentemente na netflix. Algumas pessoas não gostaram, outras como eu adorei; primeiro porque é baseado numa HQ dos anos 1994; segundo porque as atrizes dão show de interpretação e terceiro porque se trata de uma "sociedade secreta" dentro da Igreja Católica Espanhola.
Todos que conhecem a História da Inquisição Espanhola nos sécs XV a XVIII, sabem que foi uma das mais cruéis da Europa Moderna. O Tribunal do Santo Ofício ou Inquisição surgiu no seio da Igreja Católica, séc. XII, para combater as heresias. E ao longo dos séculos foi se aperfeiçoando e as torturas, autos de fé e mortes principalmente de mulheres/bruxas se tornou uma constante.
As minhas aulas de História Medieval são sensacionaissss e os alunos católicos não gostam muito e nem os protestantes tão pouco. Mas, História tem que ser conhecida e a Igreja na Modernidade é extremamente violenta, seja a Católica Romana ou a Protestante Luterana.
É por isso que as "sociedades secretas", negadas pela Igreja, são tão fascinantes, daí eu recomendar esta série. Freiras que conhecem artes marciais, falam vários idiomas, entende de ciência, basta trocar por homens e teremos alguns "segredos" da História da Igreja.
"1. É uma boa opção para fãs de quadrinhos Para quem não sabe, Warrior Nun é a adaptação de “Warrior Nun Areala”, escrita por Ben Dunn e publicada originalmente pela editora Antartic Press. Foi publicada de 1994 a 1996 e, apesar de ser uma revista ocidental, imita o estilo artístico do mangá japonês. HQ polêmica que revoltou vários religiosos nos anos noventa. Diferente da série, os quadrinhos abordavam a trama de maneira sexual e extremamente violenta. Porém, caso você goste do gênero, vale a pena ler e depois comparar com a produção da Netflix.
2. Alba Baptista é uma protagonista incrível O ponto mais alto de Warrior Nun é a personagem Ava, interpretada por Alba Baptista. A adolescente é extremamente carismática, e acaba tornando a produção muito mais interessante nos momentos em que está em cena.
Um dos arcos mais agradáveis da série acontece logo no primeiro episódio, quando descobrimos que Ava deixou de ser paraplégica ao ganhar poderes. Assim como o público, a jovem fica tão feliz com a sua recuperação, que passa a aproveitar todos os pequenos prazeres da vida.
3. As sequências de ação são bem coreografadas Não tem nada pior do que assistir a uma série de ação que não contenha boas sequências de combate. Mas para o alívio de todos, este não é o caso de Warrior Nun. Na produção, somos agraciados com altas doses de explosões, sangue e porradaria.
4. A série é despretensiosamente divertida Apenas pelo título “Warrior Nun” (ou em tradução livre, Freira Guerreira), já é possível perceber que a série não será a obra mais sóbria que você encontrará no catálogo da Netflix. Isso não significa que a produção seja narrativamente rasa.
Na verdade, a obra é bem equilibrada neste ponto. Ao mesmo tempo em que estamos vendo freiras atirando contra demônios, há espaço para momentos sérios, que trazem reflexões até mesmo sobre os valores éticos do catolicismo.
5. A lenda da Tarasca Sua origem é francesa, e a figura é comumente vista em procissões religiosas pela Europa.
Segundo a história, a criatura morava em Tarascon, na Provença. O seu único objetivo era destruir tudo o que estava ao seu redor. De acordo com os registros, o ser parecia um dragão com patas curtas, semelhantes a de um urso.
Por isso, Santa Maria interviu, e encantou Tarasca com seus poderes. Depois, ela retornou à cidade com a besta domada. Contudo, a população fica tão amedrontada com a presença da criatura, que a mata durante a noite.Não demora muito para os moradores daquela região na Província se sentirem culpados por matar Tarasca enquanto estava indefeso. Por isso, eles rebatizam a cidade como Tarascon, que é o seu nome até hoje.
A lenda atravessou gerações, e hoje, é relembrada através de festividades. Em 2005, A UNESCO chegou a classificar as festas da Tarasca como Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade."
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