Segunda-feira e com feriado de 7 de setembro, 197 anos de Independência do Brasil, muita gente aproveitando para curtir o dia em casa ou à beira de rios. Pela previsão do tempo vai passar dos 40º graus de novo. Se estiver no litoral, as praias, mas se estiver em lugares com serras e montanhas, o ideal é relaxar.
Agora de se está em S. Paulo, que tal andar pela cidade mais populosa do Brasil? Andar só, não conhecer os lugares assombrados numa visita guiada? Sim, esse tipo de turismo está começando a surgir pelo Brasil e para quem adora pagar para sentir aquele arrepio na espinha, vou citar alguns.
" Incêndios, crimes bárbaros e mortes sem explicação… Essas foram as histórias que marcaram alguns lugares – hoje patrimônios históricos e culturais – no Centro de S. Paulo e que guardam muitos segredos e mistérios. A fama de lugares mal-assombrados se dá por terem sido protagonistas de grandes tragédias – algumas bem conhecidas – e que hoje podem ser visitados.
Então se você gosta de um clima macabro ou é fã de filmes de terror e suspense, esse é o roteiro perfeito. Deixe o medo em casa e vem com a gente explorar o desconhecido!
1. Edifício Martinelli
A fama do edifício vai muito além da beleza arquitetônica de seus 30 andares. A lista de mistérios é extensa. Em 1947, um menino foi estrangulado e jogado no poço do elevador. Em 1960, uma menor foi estuprada e morta por cinco homens.
Entre os anos 1960 e 1970, o prédio entrou em decadência e foi ocupado por pessoas em situação de rua, famílias pobres e bandidos, que se aproveitavam dos moradores. Nos corredores também havia prostituição.
Algumas pessoas que circulam pelo prédio contam que ouvem armários e portas baterem a todo tempo. Nos anos 1930 uma mulher se matou e há quem diga que ela continua por lá assombrando pessoas no final do expediente, no período noturno. O prédio abriga a SP Urbanismo e outros órgãos municipais e o terraço é aberto em visitas guiadas.
2. Faculdade de Direito
A fachada da instituição, inaugurada em 1827, tem um tom soturno por conta da cor pesada: cinza-chumbo. Dentro, o clima é o de uma faculdade como outra qualquer, muitos alunos circulando no pátio, saindo das aulas ou sentados nos corredores.
Mas a fama de mal-assombrada se dá por alguns acontecimentos. O prédio já foi um mosteiro e acredita-se que há restos mortais dos freis que foram enterrados lá. O corpo do professor Julius Frank está enterrado em um dos pátios internos da faculdade, onde os alunos fazem leituras de textos.
A faculdade já foi palco de grandes manifestações e alguns funcionários relatam ter ouvido estudantes, já falecidos, conversarem sobre política nos corredores. Além disso, um jovem morreu espetado dentro do prédio. O acesso ao pátio, ao túmulo do professor, salas de reunião, salas de aula e museu é livre.
3. Casa de Dona Yayá
Sebastiana de Melo Freire, nascida em 1887 e apelidada de Dona Yayá, era filha de uma família da capital paulista. Já na infância perdeu sua irmã, que morreu asfixiada aos três anos. Passados poucos meses, outra irmã morreu de tétano. Aos 13 anos, perdeu os pais. Em 1905, seu irmão cometeu suicídio se jogando de um navio.
Depois da morte de todos os familiares herdou a fortuna da família, mas nunca pode aproveitar. Foi considerada louca e a partir de 1920, morando nesta casa, com problemas mentais, ficou impedida de sair de lá por seu tutor, que administrava seus bens. As portas e janelas só abriam por fora, o que a tornou uma prisioneira dentro da própria casa. Dona Yayá foi vigiada por cuidadores até a morte, em 1961, aos 74 anos.
Como não tinha herdeiros, seus bens foram deixados para a USP e hoje a casa é administrada pelo Centro de Preservação Cultural da Universidade de São Paulo. Diz a lenda que quem visita os cômodos da casa pode ver Dona Yayá andando por lá.
4. Igreja Santa Cruz das Almas dos Enforcados
Em 1821, o cabo Francisco José das Chagas foi enforcado no que era chamado de “Largo da Forca” (atual Praça da Liberdade) após pedir melhores salários aos soldados brasileiros. Ali nas proximidades ficava o Cemitério dos Aflitos, onde eram enterrados escravos, indigentes e criminosos depois de serem enforcados. Ele foi morto depois de várias tentativas, já que a corda rompeu mais de uma vez. O local foi desativado depois da inauguração do Cemitério da Consolação.
Em 1887, foi construída a capela onde ficava o Largo da Forca. Dizem que o local de enforcamento fica exatamente no altar da igreja. Há relatos de que Francisco José das Chagas, conhecido como Chaguinha, é visto sempre rondando os bancos da igreja.
5.Vale do Anhangabaú
A má fama do Vale do Anhangabaú vem antes mesmo da fundação da cidade e pode ser considerado o ponto mal assombrado mais antigo de São Paulo.
Já durante o século XVI, os índios locais relataram aos colonizadores europeus que o nome do rio (hoje canalizado, mas ainda existente sob o Vale) se chamava anhangaba-y, que em língua tupi significa “rio do demônio”. Esses índios acreditavam que a entidade maléfica Anhangaba assombrava o rio e seus arredores e contavam que quem se banhava em suas águas estaria amaldiçoado para sempre.
Até hoje, muitas pessoas acreditam que a maldição ancestral do Vale do Anhangabaú seja a razão de tantos acontecimentos fatídicos em seu entorno, como, por exemplo, os espíritos que assombram o Teatro Municipal e até as várias mortes que aconteceram no Edifício Martinelli."
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