Eu como uma leitora voraz sempre vou me escandalizar quando um aluno diz que não gosta de ler. Em pleno séc. XXI, essa frase seria inadmissível, mas acontece e cada vez mais frequente. A Menina da Montanha é uma aula de perseverança para quem não gosta de ler ou não tem vontade de frequentar uma Universidade.
Eleito o livro do ano (2018) pela Amazon. Escolhido como um dos livros do ano pelo Bill Gates e indicado pelo ex-presidente americano Barack Obama, além de figurar entre a lista dos mais vendidos do NYT Tara Westover tinha 17 anos quando pisou pela primeira vez em uma sala de aula.
Nascida nas montanhas de Idaho, Estados Unidos, era a caçula de sete irmãos. Guiados pelo fanatismo do pai, todos estavam sempre se preparando para o fim do mundo, estocando conservas e dormindo com uma mala pronta para o caso de fuga. No verão, ajudava a mãe, parteira e curandeira, a fazer remédios medicinais. No inverno, coletava sucata com o pai. Além do sistema de ensino, seu pai também desconfiava dos hospitais, por isso Tara jamais viu um médico durante a infância. Cortes, machucados e até mesmo graves queimaduras eram todos tratados em casa.
A família estava tão isolada da sociedade que não havia ninguém para garantir que as crianças recebessem educação, nem para intervir nos casos de violência. No entanto, quando um de seus irmãos conseguiu entrar para a faculdade e retornou com notícias do mundo além da montanha, Tara resolveu tentar um novo tipo de vida. Aprendeu matemática, gramática e ciências para prestar o vestibular, e foi admitida na Universidade Brigham Young
A menina da montanha é um relato autobiográfico sobre a busca de uma nova identidade. É um conto sobre lealdade familiar e sobre o luto de romper estes laços. Com a intensa sensibilidade que distingue os grandes escritores, Tara Westover nos oferece uma história universal que resume o sentido da palavra educação: a perspectiva de ver a vida com novos olhos, e a vontade de mudar.
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