terça-feira, 24 de novembro de 2020

O Brasil acredita em Fake News sobre o Cloroquina

 Bento amplia pontos de distribuição de kits com ivermectina e azitromicina  para pacientes com covid-19 - Geral - Pioneiro

Eu fico indignada como na Era da Informação tem tanta gente desinformada no Brasil. E como o brasileiro acredita em fake news, sem nem ter a coragem de checar a veracidade dos fatos. Se é alguém sem estudos tudo bem, mas quando é formado ou letrado como se diz, aí a indignação cresce. Durante a pandemia da Covid 19, que aliás ainda não acabou, os absurdos triplicaram com relação aos medicamentos usados para conter o vírus, assim como as campanhas pela não vacinação da população.
 

"De acordo com o levantamento “Political (self) isolation” (Auto-isolamento político, em tradução livre), realizado pelo LAUT, INCT.DD e o laboratório de pesquisa forense digital do Atlantic Council, o Brasil é o único país do mundo onde a circulação de notícias falsas sobre o tratamento da Convid-19 com coloroquina, ivermectina e azitromicina continua a todo vapor. Vale ressaltar que a eficácia dos medicamentos já foi desmentida por diversos estudos.

O apontamento, que foi repercutido pela Folha, também mostra que além desse status, o Brasil também desponta, ao lado da Índia e dos Estados Unidos, como a nação que mais vincula desinformação sobre a pandemia, o que é causado por disputas políticas internas.

“Como nenhum desses medicamentos se provou eficaz [contra a Covid-19], a discussão esfriou na maioria dos países. No Brasil, no entanto, esses tópicos persistiram, a ponto de tornar o ambiente de discussão diferente do resto do mundo”, diz o levantamento.

As todo, notícias falsas sobre a hidroxicloroquina e a cloroquina foram relatadas 176 vezes no banco de dados — sendo essas versões de informações falsas que podem ter sido compartilhadas para milhões de pessoas. O país que mais teve ocorrências dessas fakes news foi o Brasil, com 75 casos. Completam o índice a Índia (29), França (26) e EUA (24).

“O que está influenciando o discurso das pessoas sobre a doença são posições políticas; isso dificulta incorporar informações científicas e o Brasil fica isolado”, explica Nina Santos, pesquisadora da INCT-DD e uma das autoras do estudo.

Para chegar nessa conclusão, o levantamento usou a base de dados CoronaVirusFacts Alliance, na Rede Internacional de Checagem de Fatos, e do Latam Chequea em português e espanhol, que compila checagens feitas por 100 agências, espalhadas em 134 países, sobre a desinformação relacionada à Covid. "

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