segunda-feira, 26 de agosto de 2013

A Poetisa de Lesbos

 Safo é considerada a maior poetisa grega do gênero lírico, talvez a primeira escritora do sexo feminino a marcar a literatura ocidental. Ela nasceu na ilha de Lesbos, situada no nordeste do Mar Egeu, provavelmente na cidade de Mitilene, em meados do ano de 612 a.C. Apesar da notoriedade de sua obra, seu alto teor de erotismo provocou na Era Medieval a censura de sua poética, o que infelizmente resultou na perda de grande parte dos seus textos – queimados pela Igreja; raros fragmentos sobreviveram ao longo do tempo.

Sua vida é envolta em polêmicas e em nebulosas histórias; é difícil distinguir entre lenda e realidade, até mesmo no que se refere ao seu relacionamento com outras mulheres.

  Depois do exílio em Pirra, Safo é deportada para a Sicília, bem distante de Lesbos, pois Pitaco sentia-se ameaçado por seus escritos. Lá ela contrai matrimônio com um afortunado industrial de Andros, com quem tem uma filha, Cleis, e depois a deixa viúva e rica.

Ela logo institui uma escola para meninas pertencentes à elite de Mitilene, versando-as no estudo da música, da poesia e da dança. A poetisa se referia às alunas com a expressão heteras ou hetairas, que significa ‘companheiras’. Mas Safo, mestra sem igual, apaixona-se por suas alunas e entre elas elege uma favorita, Átis, considerada sua maior amante.

Sua obra e sua figura sofreram intenso preconceito ao longo da História, e só em 1897 algumas de suas poesias foram descobertas por alguns arqueólogos.

 Embora alguns rumores disseminem histórias sobre um possível suicídio da poetisa, em virtude da paixão por um marinheiro, textos remanescentes da poetisa dão conta de que ela chegou à velhice. Ninguém sabe ao certo, porém, como ela morreu, mas é certo que ela é considerada a maior poetisa de todos os tempos.
(Revista InfoEscola)

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