sábado, 15 de novembro de 2014

Colegio Estadual foi a Obra mais Cara

De acordo com o Engenheiro Cássio Veiga de Sá no Livro Memórias de um Cuiabano Honorário o "Colégio Estadual foi a obra de custo mais elevado, pois o governo do Estado recomendou que fosse construída num elevado padrão para atender às necessidades do ensino, o que considerava o governo primordial. Houve quem achasse que o hall de entrada foi projetado e executado com aparato desnecessário, mas o critério adotado foi de inspirar nos alunos respeito em um sentido de ordem que dele decorre.

O teto do hall trabalhado em gesso, como foi para ser executado, consistiu numa  das grandes dificuldades que devíamos encarar, porquanto não  tínhamos operários capazes de trabalhar em gesso. O primeiro pensamento foi de mandar buscar um estucador capacitado para executar aquilo que estava sendo projetado.

Uma das nossas preocupações na construção do anfiteatro estava no embasamento que em alguns colégios fica sujeito a danificações, principalmente com rabiscos a carvão ou giz. A areia do rio Cuiabá, para seu emprego em argamassas, precisou ser peneirada devido à presença de pedriscos em seu conjunto, resultando disso que grande quantidade desse material não era aproveitável.

Com ele mandei fundir placas que lavadas com ácido muriático apresentavam um aspecto decorativo e uma superfície rugosa, além da possibilidade de serem empregadas para isolar os efeitos decorrentes da umidade na estação chuvosa.

Na parte dos fundos da construção foi feita a praça de esportes com todos os seus requisitos campo de futebol, pistas de atletismo, caixa de salto em altura e em distância, arremesso de peso, etc. O Estado equipou o colégio com mobiliário adequado e laboratório de física e química.

O Colégio Estadual marcou uma nova fase na instrução que o Estado proporcionou aos estudantes e muitas turmas que ali passaram, recebendo do Estado a necessária instrução para chegar ao ensino superior.

O Colégio Estadual custou ao Estado Cr$ 7.333.330,80 em cruzeiros antigos(Cr$ 7.333,33 em moeda atual), sendo das Obras Oficiais a de maior vulto demonstrando o zelo com que o Governo Júlio Muller encarava seu programa educacional."

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