sábado, 27 de outubro de 2018

Ideias Erradas sobre A Idade Média

A Idade Média ou "Idade das Trevas" está tão presente na atualidade que chega a dar medo! A intolerância religiosa, o racismo, a xenofobia, a homofobia estão em alta nos últimos meses. É interessante estudar mais um pouco sobre aquele período sombrio para que o pior não se repita.

"1. As pessoas desconfiavam de todas as formas de magia e bruxas eram frequentemente queimadas

 Na maioria dos casos de histórias medievais, a magia é tratada com desconfiança na melhor das hipóteses, ou como blasfêmia na pior. Mas nem todas as reivindicações de magia na Idade Média eram tratadas como heresia.

No livro “Misconceptions About the Middle Ages”, Anita Obermeier elucida que, durante o século 10, a Igreja Católica não estava interessada em julgar bruxas por heresia; estava mais interessada em erradicar superstições heréticas sobre “criaturas noturnas voadoras”. E no século 14 na Inglaterra, era possível consultar um mago ou uma bruxa para resolver problemas pequenos, como encontrar um objeto perdido.

No geral, na Inglaterra medieval, a magia sem quaisquer componentes heréticos era tolerada. Eventualmente, o final do século 15 deu origem a Inquisição Espanhola, e daí sim as bruxas começaram a ser caçadas.

Queima das bruxas não era impossível na Idade Média, mas também não era corriqueira. Obermeier explica que, no século 11, a feitiçaria era tratada como um crime secular, mas a igreja emitia várias reprimendas antes de recorrer a queima. Ela coloca a primeira queima por heresia em 1022 em Orleans e a segunda em 1028 em Monforte. Rara nos séculos 11 e 12, torna-se uma punição um pouco mais comum no século 13 para os hereges recorrentes.

Por fim, a queima também era uma punição que dependia de onde você estava. No século 14, você provavelmente não seria queimado como bruxa na Inglaterra, mas poderia muito bem ser na Irlanda.

2.  Medicina era baseada em pura superstição

 Sim, muitas vezes a cura vinha “dos deuses”, e um monte de coisas na medicina medieval era baseado no que poderíamos considerar hoje besteira mística. Uma grande quantidade de diagnóstico envolvia astrologia e teoria humoral. A sangria era um método respeitado de tratamento, e muitos dos curativos não eram apenas inúteis – eram francamente perigosos.

Ainda assim, alguns aspectos da medicina medieval eram lógicos mesmo para os padrões modernos. Envolver pacientes de varíola em pano de carmesim, o tratamento da gota com plantas do gênero Colchicum, usar óleo de camomila para dor de ouvido – todos esses eram tratamentos eficazes. E, enquanto a noção de um cirurgião-barbeiro é horrível para muitos de nós, alguns desses cirurgiões eram realmente talentosos. John Arderne, por exemplo, já empregava anestésicos em sua prática, e muitos médicos eram hábeis em tratar catarata, costurar abscessos e reposicionar ossos deslocados.

3.  Apenas o prazer sexual dos homens era importante

É fato que a mulher não tinha exatamente um papel elevado na Idade Média, mas pelo menos era reconhecido que elas também podiam gostar da coisa.

Uma crença comum durante a Idade Média era de que as mulheres eram mais lascivas do que os homens. Muito mais, na verdade. O estupro era um crime na Inglaterra Medieval do século 14, mas não entre os cônjuges. A esposa não podia legalmente recusar os avanços de seu marido, mas o marido também não podia recusar os avanços de sua esposa. A crença popular era que as mulheres estavam sempre ansiando por sexo, e que era ruim para a sua saúde não ter relações sexuais regularmente.

O orgasmo de uma mulher também era importante; outra crença comum era de que uma mulher não podia engravidar sem um orgasmo. Infelizmente, isso tornava impossível para vítimas de estupro grávidas condenarem seu atacante."(hypsciense.com)

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