sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Roberto Alvim, o Joseph Goebbels brasileiro?

No Brasil de tanta gente desinformada, o vídeo do ministro da cultura Roberto Alvim caiu como uma bomba. E o mais interessante foi a reação dos cultos, daqueles que estudaram História com prazer.!

O ex-ministro da Propaganda alemã, Joseph Goebbels (1897-1945), voltou a virar notícia após Roberto Alvim, secretário da Cultura do governo Bolsonaro, publicar um vídeo nas redes sociais descrevendo as diretrizes da cultura brasileira. Exonerado do cargo nesta sexta-feira (17), Alvim emulou um famoso discurso do alemão, que fez parte do governo nazista na época em que Adolf Hitler estava no poder.

Na fala em questão, Goebbels afirmou, na década de 1930, que “a arte alemã da próxima década será heróica, romântica, objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grandes padrões e é imperativa e vinculante, ou então não será nada”.

Em 2020, Alvim disse algo parecido: “A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e igualmente imperativa, posto que profundamente vinculado a aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada.”

Mas, afinal, quem foi essa importante figura do terceiro Reich alemão?

"Juventude


Paul Joseph Goebbels nasceu em outubro de 1897 perto da cidade de Düsseldorf, no oeste da Alemanha. Quando criança, passou por uma cirurgia para resolver uma deformidade congênita em seu pé direito, mas a operação só pôde reparar parte do problema, fazendo que com uma de suas pernas fosse maior que a outra, tornando-o manco.

Por esse motivo ele não pôde se alistar no exército e participar da Primeira Guerra Mundial. Como era ótimo aluno, foi para a universidade, onde estudou até se tornar doutor em filosofia alemã. Passou a escrever textos próprios e chegou até a escrever um livro, mas nenhuma editora da época aceitou seus manuscritos por considerá-los “radicais demais”.

O jovem, então, resolveu publicar os textos de forma independente, vendendo poucas cópias — mas para as “pessoas certas”. Foi depois disso que ele entrou em contato com o Partido Nazista e, em 1924, tornou-se membro da campanha de Adolf Hitler.

Ministro da Propaganda
Por sua inteligência, habilidade comunicativa e lealdade ao nazismo, Goebbels ascendeu rápido no Partido e logo se tornou um dos homens de confiança de Hitler. Não tardou para que ele conseguisse um cargo importante quando o futuro ditador alemão se tornou chanceler, em 1933: Goebbels foi nomeado ministro da Propaganda.

Foi ele que, em abril do mesmo ano, criou uma campanha com o intuito de queimar livros “subversivos” ou que representavam ideologias opostas ao nazismo. As obras, de autores alemães ou estrangeiros, eram recolhidos pelo governo e queimados em praça pública, em meio a multidões.

Goebbels era responsável não apenas pelas propagandas do governo, mas também por supervisionar o trabalho da imprensa e controlar os bens culturais que chegavam à Alemanha. Por isso, quando as obras literárias já estavam sob controle, ele resolveu focar em um outro nicho: o cinema."(aventuranahistoria)

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