quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

O Rio de Janeiro faz aiversário hoje ou Não?

 Rio de Janeiro - RJ - Cattani Sul

E o Rio de Janeiro, conhecido como a "Cidade Maravilhosa está fazendo aniversário". Nem vamos falar da História atual, mas dos primeiros anos do Séc. XVI, quando os portugueses e franceses disputaram as terras onde está a Cidade onde a natureza é realmente maravilhosaaaaaa

Muitos ficam indecisos sobre a data de aniversário do Rio de Janeiro: seria dia 1º de março ou dia 20 de janeiro? A data de fundação da cidade é realmente em 1º de março, mas celebra-se o aniversário do padroeiro São Sebastião em 20 de janeiro.

Até 1956, a fundação da cidade do Rio de Janeiro também era celebrada em 20 de janeiro, aniversário do padroeiro São Sebastião e feriado popular na cidade. Posteriormente, a outra data passou a ser considerada a oficial, por motivos históricos e políticos. O dia 1º de março faz referência ao momento em que Estácio de Sá chegou à Baía de Guanabara; em 1565, o dia em janeiro lembra a Batalha de Uruçumirim.

Atualmente, o dia 20 de janeiro oficialmente é só de São Sebastião, padroeiro do Rio e de outras cidades brasileiras.

"Piloto de uma das naus da primeira expedição de reconhecimento do litoral brasileiro, Américo Vespúcio descreveu a chegada ao Rio de Janeiro, no primeiro dia do ano de 1502, como uma imagem “paradisíaca”.

O navegador italiano foi responsável por batizar a Baía de Guanabara de “Rio de Janeiro”. Segundo registros históricos, ele foi o primeiro europeu a ter contato com a paisagem carioca.
Os 10 melhores passeios e ingressos - Baía de Guanabara - Viator 

Entretanto, apesar desse vislumbre, a beleza carioca logo se transformou num cenário de guerra quando os portugueses entraram em conflito com os índios tamoios, que viviam espalhados em centenas de aldeias formadas por cerca de 500 a 3.000 indígenas em cada uma.

Apesar de seus conhecimentos sobre a fauna e flora da região, os nativos acabaram sendo dizimados. Os poucos que sobraram viram suas terras se transformarem em uma cidade. O gigantesco e mortífero confronto ficou conhecido como A Batalha de Uruçumirim, que foi iniciada em 20 de janeiro de 1567.

A grande batalha

A cidade do Rio de Janeiro como conhecemos hoje, quiçá nunca existiria — ao menos não com as mesmas características — se o conflito não tivesse o desfecho que teve. Antes disso, em 1º de março de 1565, Estácio de Sá, comandando 220 homens, havia fundado a atual cidade do Rio de Janeiro no sopé do morro do Pão de Açúcar.
Pão de Açúcar, Rio de Janeiro - Veja dicas no Férias Brasil 

Porém, a dominação portuguesa só ocorreu quando o rei de Portugal decidiu enviar reforços bélicos para a colônia dois anos depois. Naquele 20 de janeiro, mais de duzentos homens chefiados pelo governador-geral Mém de Sá e auxiliados por Arariboia — que era o líder dos índios temiminós — chegaram para bater de frente com os tamoios, comandados pelo cacique Aimberê e seu genro francês, Ernesto.

O combate aconteceu, como o próprio nome já supõe, em Uruçumirim — onde hoje é compreendido as praias de Flamengo e da Glória. No início do século 16, os índios do Gato (que depois ficaram conhecidos como temiminós), residiam na Ilha de Paranapuã (atual Ilha do Governador). Porém, como estavam cercados de todos os lados pelos tamoios, uma derrota parecia cada vez mais eminente.
Ilha do Governador e ilhas menores nos arredores - Rio de Janeiro, RJ,  Brasil. | Mapio.net 

(...)

Ascensão

Apesar de saírem vitoriosos, os portugueses e os temiminós também sofreram perdas importantes, como o capitão-mor Estácio de Sá, que havia levado uma flechada na face. Em primeiro momento, exatamente um mês depois, em 20 de fevereiro, ele veio a padecer em decorrência dos seus graves ferimentos, que provavelmente causaram septicemia.

Um ano e meio depois a brutal Batalha de Uruçumirim ser findada, o governador-geral do Brasil transferiu a sede da cidade para o Morro do Castelo, local que ainda contou com a construção de um forte, onde iniciou-se a povoação, em definitivo, do Rio de Janeiro.

O Morro permaneceu de pé até o início da República, quando foi demolido para fomentar a imagem de ordem e progresso do primeiro mundo e sepultar, de uma vez por todas, a memória do Brasil Colonial."
Os refugiados invisíveis das favelas do Rio | Brasil | EL PAÍS Brasil

 

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