quinta-feira, 11 de março de 2021

Dez anos do Terremoto, Tsunami e Acidente Nuclear no Japão

 Japão lembra hoje 10 anos de terremoto, tsunami e acidente nuclear | Geral  | Rondônia Dinâmica 

O Japão recordou com grande emoção nesta quinta-feira o 10º aniversário da catástrofe tripla de 11 de março de 2011 - um terremoto, um tsunami e um acidente nuclear -, que traumatizou o país para sempre. Às 14H46 (2H46 de Brasília), horário em que o terremoto sacudiu o nordeste do país em 2011, os japoneses respeitaram um minuto de silêncio. Em seguida aconteceu uma cerimônia com discursos do imperador Naruhito e do primeiro-ministro Yoshihide Suga. O gigantesco tsunami foi a principal causa das 18.500 mortes ou pessoas desaparecidas. Ondas do tamanho de edifícios atingiram a costa nordeste do Japão pouco depois de um terremoto de 9,0 graus de magnitude.

Após o terremoto e tsunami, um acidente nuclear aconteceu na central de Fukushima Daiichi, que ficou inundada. Os núcleos de três dos seis reatores sofreram uma fusão, o que deixou cidades inteiras inabitáveis por anos devido à radiação e obrigou dezenas de milhares de pessoas a abandonarem suas casas.
Tsunami no Japão A terrível onda gigante, imagens surpreendentes em meio ao  desastre - YouTube

"O início da segunda semana de março em 2011 foi marcada por um alerta que aterrorizaria o mundo. A previsão de um tsunami com abalo sísmico intenso no litoral japonês não previa que, em uma sexta-feira, 11, resultaria em um dos maiores episódios nucleares da história.

Acometido por ondas gigantes e tremores intensos, as cidades evacuadas não foram suficientes para interromper o trabalho da Central Nuclear de Fukushima I.

Durante a tarde daquele dia, a força do desastre natural — cujo maremoto atingiu a magnitude 8,7 graus na escala Richter — resultou no derretimento de três dos seus reatores que abasteciam e armazenavam a usina, passando a liberar quantidades exorbitantes de material radioativo por toda a região.

Em decorrência da presença de material químico, a ocasião se tornou o segundo maior desastre nuclear da história, sendo o maior após Chernobyl, atingindo o sexto nível da Escala Internacional de Acidentes Nucleares, como informou o portal G1.

Em âmbito de comparação, autoridades da Agência Internacional de Energia Atômica acreditam que o material liberou aproximadamente 30% da radioatividade do acidente europeu.
Fukushima tenta se reerguer sete anos após maior tragédia nuclear do Japão

(...)

Ao todo, oito funcionários faleceram diretamente pela ocasião, sendo seis pela exposição excessiva à radiação e, os outros dois, por ferimentos decorrentes do terremoto. As mortes em decorrência do fenômeno natural, abortos e natimortos causados não são contabilizadas em pela incerteza numérica.

Reparação e legado

De acordo com a ABC News, um dos primeiros feitos que buscou reparar as perdas pela reação à radiatividade ocorreu em setembro de 2018, quando a família de um ex-operário da usina conseguiu provar a incidência de um câncer fatal, conseguindo um tratado financeiro.

Além disso, mais de 160 mil pessoas que foram forçadas a saírem ainda não puderam voltar para as casas ou acessar bens pessoais. Agora, o governo japonês trabalha em um projeto contínuo de limpeza intensiva, não apenas para a descontaminação das áreas afetadas, mas também para cessar a imensa quantidade de radioatividade que contaminou a água em reservatórios e até no mar.

O jornal britânico The Guardian publicou, em 2014, uma estimativa de descontaminação com uma barreira no solo, bloqueando a disseminação do material químico em dutos subterrâneos de água, mas prevê que o processo levará pelo menos 30 anos."

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