sábado, 8 de junho de 2019

Múmia Egípcia no Interior do Brasil

A arqueologia é simplesmente incrível e a notícia que movimentou o mundo científico foi a identificação de um crânio egípcio que estava no Museu de Cerro Largo/Rio Grande do Sul.

"Especialistas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) confirmaram a identidade de um crânio de múmia que chegou ao Brasil na década de 1950 e está no acervo de um pequeno museu de Cerro Largo, cidade gaúcha com população estimada em 14 mil habitantes. Apesar de pouco conhecida, é uma das duas únicas múmias egípcias restantes no Brasil.

Iret-Neferet, como foi nomeada, tinha pouco mais de 40 anos quando morreu, e viveu em algum momento entre o período Intermediário III (1070-712) e o início do Período Tardio (Saíta-Persa: 712-332 a.C.) do Egito.
A análise, divulgada na última semana, foi feita pelo método de radiocarbono conhecido como Carbono 14, e afunilou o período de vida da mulher para entre 768-476 a.C. — ou seja, entre 2.495 e 2.787 anos atrás. Acredita-se que essa tenha sido a primeira múmia a ser estudada dessa forma no Brasil.

Embora tenha chegado ao Brasil nos anos 1950, o item raro só começou a ser estudado com atenção em 2017. Édison Hüttner, coordenador do Grupo de Estudo Identidade Afro-Egípcias da PUCRS, foi quem resolveu pesquisar o objeto após alguns anos vivendo na Europa. "Percebi a potencialidade do material", contou em entrevista à GALILEU.

Segundo o especialista, não se sabe exatamente a origem da múmia, mas histórias que vêm sendo contadas há décadas indicam que o crânio chegou ao Brasil por meio de um egípcio. A cabeça acabou sendo deixada de herança para um advogado brasileiro, que a doou para os organizadores do Museu 25 de Julho, da cidade de Cerro Largo (RS), a 499 quilômetros de Porto Alegre.

Por dentro

Hüttner e sua equipe também realizaram uma tomografia na múmia, o que lhes permitiu constatar que seu olho é composto de uma rocha carbonática de composição calcítica: "Comparamos [as imagens] com as de outras múmias e descobrimos que isso não é tão incomum, o que foi importante para nós", destaca.

A cabeça também apresenta uma perfuração sobre o osso etmoide (na altura do nariz), que foi realizada para a remoção do cérebro, procedimento próprio da mumificação. "Mas geralmente o furo não é tão demarcado", relatou o especialista. Além disso, foram encontradas 22 faixas de linho envolvendo o crânio mumificado, além de seda e fios de cabelo.

Raridade

Hoje só se tem conhecimento de mais um exemplar de múmia egípcia no Brasil além de Iret-Neferet: Tothmea, que chegou dos Estados Unidos em 1995 e hoje está no Museu Egípcio Rosa Cruz de Curitiba (PR).

Outros objetos do tipo foram trazidos para o país pelos imperadores Dom Pedro I e Dom Pedro II, mas foram destruídos ou perdidos no incêndio que ocorreu no fim de 2018, no Museu Nacional (RJ)."

sexta-feira, 7 de junho de 2019

Parabéns, Kim Rhodes

Hoje, Kim Rhodes completa 50 anos de idade. Todos os hunters do mundo lhe deseja um dia extremamente maravilhoso.


quarta-feira, 5 de junho de 2019

Dia Mundial do Meio Ambiente

O meio ambiente é tão essencial que no Brasil e no mundo há dias dedicados a ele. Mesmo com toda a informação existente, hoje, sobre a urgente necessidade de cuidados do meio ambiente para todas as formas de vida no planeta, há quem difunda teorias que negam os riscos ambientais a que todos nós estamos expostos.

"O Dia Mundial do Meio Ambiente acontece todos os anos no dia 5 de junho e, neste ano, traz como tema a “Poluição do Ar”, uma questão crítica tanto para o meio ambiente quanto para a saúde humana.

Com o objetivo de unir esforços para combater este mal, que atinge todas as pessoas, mas é particularmente prejudicial às crianças e mulheres grávidas, a ONU Meio Ambiente no Brasil promove uma série de atividades em todo o território nacional durante a Semana do Meio Ambiente, entre os dias 1 e 9 de junho.

No período, o Programa realiza lançamentos, promove ações de engajamento digital, dialoga com vários setores da sociedade e apoia e promove eventos para #CombaterAPoluiçãoDoAr.

Nove em cada dez pessoas em todo o mundo respiram ar poluído. As emissões nocivas são responsáveis por uma em cada nove mortes em nível global e por 7 milhões de mortes prematuras por ano.

Só no continente americano, mais de 300.000 pessoas morrem anualmente devido à má qualidade do ar. Alguns poluentes atmosféricos também estão diretamente relacionados ao aquecimento global, contribuindo para o desenrolar de uma crise climática.

Para a representante da ONU Meio Ambiente no Brasil, Denise Hamú, este Dia Mundial do Meio Ambiente é uma oportunidade única para alertar pessoas, governos e organizações sobre esta ameaça silenciosa.

“Muitas vezes, não vemos os poluentes que estão no ar. Mas esta forma de poluição está matando tanto que já é chamada de ‘o novo tabaco’. A escolha do tema para guiar as ações neste ano é uma oportunidade para disseminar informações e estimular mais e melhores políticas públicas pela qualidade do ar, em todas as esferas – global, nacional, estadual e municipal. Também é um chamado para mais investimentos em tecnologias verdes e mudanças de hábito no dia a dia de cada cidadão”."

terça-feira, 4 de junho de 2019

30 anos do Massacre da Praça da Paz Celestial/China

Resultado de imagem para 30 anos do massacre da praça da paz celestial
E lá se vão 30 anos do Massacre da Paz Celestial que estava se abrindo para o mundo capitalista. O que começou com uma manifestação pacífica de estudantes, acabou virando o maior Massacre de estudantes do Séc. XX. Até hoje, não se sabe quantos estudantes morreram, pois os dirigentes do Partido Comunista da China "apagaram" da História tudo que se relaciona com o movimento. 

A China se desenvolveu economicamente, entretanto, politicamente ainda é uma ditadura e mesmo 30 anos depois falar ou compartilhar fotos sobre o "incidente" resulta em prisão de até três anos de cadeia ou mais. Atos e homenagens são proibidos na China continental.As autoridades chinesas intensificaram a segurança em torno da Praça da Paz Celestial em Pequim nesta terça-feira (04/06). Centenas de policiais uniformizados e em trajes civis monitoravam a praça e os arredores, verificando identidades e inspecionado os porta-malas dos carros.

Organizações de direitos humanos afirmam que nos dias que antecederam o aniversário do massacre, as autoridades apertaram o cerco aos ativistas. Há relatos de dissidentes que foram levados para regiões remotas ou simplesmente silenciados.

A Anistia Internacional denunciou que, nas últimas semanas, a polícia deteve, colocou sob prisão domiciliar ou ameaçou dezenas de opositores do regime. Restrições também teriam sido impostas ao grupo das Mães da Praça da Paz Celestial, cujos filhos morreram durante a ação militar.

O governo bloqueou na internet o acesso a informações sobre o que ocorreu no 4 de junho de 1989 em Pequim. Muitos ativistas pró-democracia no país não puderam ser contatados para conversas telefônicas ou por mensagens de texto. Cidadãos chineses no exterior afirmaram que foram impedidos de fazer postagens na popular rede social chinesa Weibo, recebendo uma mensagem de erro ao tentarem.

"O massacre foi resultado de uma escalada de incidentes que havia começado em abril. Em 1989, fazia uma década que a China vinha realizando uma série de reformas, políticas e econômicas. A imprensa contava com certa liberdade, a rede de universidades havia sido ampliada e a economia de mercado vinha sendo implementada gradualmente. O comando do país havia sido reorganizado, a fim de evitar que uma única pessoa centralizasse todas as ações – como havia acontecido ao longo do governo de Mao Tsé-Tung, entre 1949 e 1976. O processo de abertura levou também o país a se reaproximar da União Soviética, com quem as relações estavam estremecidas desde os anos 1960.

As mudanças conduzidas pelo líder Deng Xiaoping haviam viabilizado o surgimento de uma classe de estudantes e intelectuais, e eles estavam insatisfeitos com a lentidão das reformas políticas. Além disso, boa parte da população se via prejudicada pelas mudanças econômicas, que vinham provocando inflação e desemprego.

Em 15 de abril de 1989, faleceu Hu Yaobang, que havia sido expulso do governo em fevereiro. Antes disso, Hu Yaobang era Secretário Geral do Partido Comunista e o principal defensor, no alto escalão do governo, da abertura política e da redução no controle do que a população podia ler, ouvir ou falar. Durante o funeral do ex-secretário, milhares de jovens se dirigiram à Praça da Paz Celestial. Era um gesto tradicional: em 1976, milhares de pessoas haviam tomado o mesmo local para honrar a memória do premiê Zhou Enlai. Na época, a manifestação foi bem recebida pelo governo.

Conhecida na China como Tiananmen, a praça foi construída em 1415 – é mais antiga, portanto, do que o Brasil colonizado pelos portugueses. Atualmente, tem 880 metros de comprimento por 500 de altura. Sua área total, de 440.500 metros quadrados, é equivalente a 62 campos de futebol. Ampliada por Mao, com o objetivo de ser utilizada para grandes paradas militares, a praça está instalada no centro de Pequim e faz divisa com a Cidade Proibida.

No dia 15 de maio de 1989, a praça seria palco de uma grande parada militar para recepcionar o líder soviético Mikhail Gorbachev. Era um evento muito importante, que deveria marcar uma nova era de amizade entre as duas nações. Por isso mesmo, dois dias antes, milhares de estudantes ocuparam a praça. Deram início a um protesto silencioso, que incluía uma greve de fome. Queriam ser ouvidos pelas lideranças do governo, para pedir mais abertura política e menos corrupção.

Violência

Em reação, o governo desistiu de recepcionar Gorbachev no local e realizou uma recepção no aeroporto da capital. O líder soviético foi embora no dia 18 de maio. Mas a imprensa internacional, convidada para presenciar o encontro, resolveu permanecer para monitorar o protesto dos estudantes. Rapidamente, o governo percebeu que a situação havia saído de controle na medida em que as manifestações ganhavam repercussão internacional.

Os estudantes haviam também conseguido apoio popular, e não só na capital. Ao fim do mês, havia protestos e greves em mais de 400 cidades da China. Enquanto isso, as lideranças do partido começavam a mobilizar tropas. A lei marcial foi declarada no dia 20 de maio e, dias depois, dezenas de tanques se aproximaram as maiores cidades do país, especialmente Pequim. Mas a população cercava os veículos, impedindo que eles avançassem. O exército então recuou e se reagrupou nos arredores das cidades. Parecia uma vitória do povo.

Até que, na noite de 3 de junho, os militares começaram a entrar, atirando em quem se colocasse na frente. Por volta das 4 horas da manhã do dia 4, quando as notícias dos ataques nos arredores da praça já eram bem conhecidas, os manifestantes acampados foram cercados. Receberam ordem para se retirar. Enquanto a maioria obedecia, outros grupos tentaram resistir. Foi quando os tanques abriram fogo. O exército só deixaria a praça depois de dois meses, e a lei marcial só seria retirada em janeiro de 1990.

A repercussão internacional foi tão negativa que Europa e Estados Unidos estabeleceram um embargo para a venda de armas para a China. Esse embargo nunca foi retirado. Nos meses que se seguiram, o governo prendeu milhares de cidadãos e passou a fiscalizar suas famílias. Mesmo quem foi libertado passou a ser seguido dia e noite e passou a ter dificuldade em conseguir emprego. Até 2016, ainda havia manifestantes presos pelo incidente. Outros migraram para o exterior.

Ainda hoje, o governo local barra qualquer acesso a sites com informações sobre o incidente – por isso, ele é muito mais conhecido no exterior do que dentro do próprio país. Mas em Hong Kong e em dezenas de outros países, em especial na Ásia, cada aniversário do massacre costuma ser celebrado com procissões silenciosas com velas acesas. Em resultado do incidente, a liberação da economia prosseguiu, mas a abertura política foi bruscamente interrompida."(guiadoestudanteabril.com.br)

segunda-feira, 3 de junho de 2019

José Pacheco - Um Educador de Respeito


Nos últimos meses o Governo Federal e  o Ministério da Educação, elegeram os professores como os "culpados" pelo desemprego, falta de recursos para a previdência e outros absurdos. E pensar que já houve um tempo em que ser uma NORMALISTA era o sonho de muitas moças de famílias tradicionais e mesmo das de menor poder aquisitivo.

Eu como profissional da Educação, professora, há 37 anos me sinto como a última bolacha do pacote. E a pressão não vem somente do Governo, mas da sociedade em geral: pais e alunos não nos valorizam e não nos respeitam mais.! Todos os dias somos enxovalhados, acusados, violentados em nossa dignidade! 

Lidamos diariamente com alunos sem respeito, sem ética; que ficam dormindo em pleno horário de aula; que preferem os vídeos idiotas do youtube aos conhecimentos que lhes apresentamos; que na Era da Informação são "analfabetos" digitais e muitos sequer sabem realizar uma pesquisa decente; somente alguns possuem criticidade;que não fazem as tarefas de casa;  alguns são agressivos e desconhecem as palavras "por favor e com licença"... E o pior, são os alguns pais que dão apoio aos filhos irresponsáveis e mal educados.

Alguns colegas estão em licença médica e não pretendem retornar as salas de aulas, outros como eu estão pensando seriamente em pedir aposentadoria. Como realizar um bom trabalho se a todo momento nos acusam de doutrinadores, de "vagabundos", de falir o sistema previdenciário? Enquanto que os verdadeiros culpados se aposentam com dois mandatos, ganham mais de vinte mil reais e muitos sequer possuem curso superior.!

No meio de tanto ataque ainda é possível encontrar alguém que nos entende como o Educador português José Pacheco. Ele deu uma entrevista ao site da Uol há duas semanas e separei alguns trechos, onde ele nos alenta com sua sabedoria...

"Pacheco vive no Brasil há pouco mais de uma década. Atualmente, é coordenador do projeto EcoHabitare e integra o conselho do Projeto Âncora, escola de Cotia (interior de São Paulo) criada aos moldes da Ponte de Portugal, mas que recentemente passa por uma reformulação.

UOL – Como o senhor vê os cortes no orçamento das universidades federais, recentemente anunciado pelo governo? Eles são necessários para aumentar o investimento na educação básica?
 

José Pacheco – Esse é mais um falso pretexto, para disfarçar ocultos interesses. A política educacional tem sido pródiga em fake news. Foram contingenciados R$ 29 bilhões do Orçamento federal de 2019. O Ministério da Educação foi o mais afetado. O congelamento de verba chegou a R$ 5,8 bilhões, cerca de 25% do orçamento original. É evidente o “efeito dominó” nos cortes no orçamento das universidades federais: a educação básica [também] será atingida.

Que tipo de impacto pode haver na redução de investimentos em áreas como a filosofia e a sociologia? Qual é a importância dessas disciplinas?
 

Trata-se de mais uma medida absurda da política educacional. É evidente que essas áreas são tão importantes como as restantes, numa perspectiva de educação integral do ser humano. Mas isso é algo que os ministros ignoram. O fenômeno não é recente, apenas se agravou. Os titulares da pasta da Educação têm sido economistas, engenheiros, jornalistas, advogados, pessoas respeitáveis e conhecedores das suas áreas profissionais, mas que nada sabem da educação, daquela que é necessária, possível e urgente.

Durante uma entrevista no final de abril, o presidente Jair Bolsonaro defendeu a mudança do educador Paulo Freire como patrono da educação no Brasil. O que significa tirar de Freire este título?
 

Um slogan tem sido reproduzido na mídia e no discurso de certos políticos: “Paulo Freire fora das escolas!”. Mas, como poderá ele sair das escolas, se ele nunca nelas entrou? Em tempo de pós-verdade, abundam freirianos não-praticantes e prevalece a ignorância desses políticos.  

Por que o senhor acha que o movimento Escola sem Partido ganhou tanto espaço e adeptos entre a população brasileira? O senhor vê um viés nas escolas do país? É possível educar sem “ideologia”?
 

É impossível educar sem ideologia e não se deverá confundir ideologia com doutrinação. Mas a confusão está instalada e aproveitada por políticos sem escrúpulos, para impor a sua… Ideologia. O debate sobre educação é ‘terra de ninguém’, onde abundam disparates como o da Escola sem Partido.

Como o senhor vê o projeto de Jair Bolsonaro para o ensino domiciliar de crianças? Quais são as possíveis vantagens e desvantagens de flexibilizar a legislação sobre o tema?
 

O “homeschooling” não é solução para os males que afetam o sistema educativo. Entre ouvir aula em casa, ou ter aula na escola, prefiro a aula na escola, dada por professores qualificados e competentes.

O “ensino domiciliar” é um “salve-se quem puder”, estratégia de quem pode “salvar-se” porque tem recursos para tal, mero paliativo de um modelo educacional obsoleto, concebido no século 19 e responsável por um autêntico genocídio educacional. Também será fator de transformação da educação em mercadoria.

Há quem creia que se aprende sozinho, com o auxílio de um tutor de aula, ou da internet. Aprendemos uns com os outros, na atribuição de sentido, na produção de conhecimento, criando vínculos. A aprendizagem acontece na relação, em múltiplos espaços. Pode acontecer num prédio a que é costume dar o nome de “escola”. Mas, também, acontece nos lares, nas bibliotecas públicas, nas igrejas, nas empresas, na internet, nos campos e florestas, nas ruas e praças. E, para que aconteça, não carece de decreto. Não faz sentido legalizar o “ensino domiciliar”. Falemos, antes, de aprendizagem multidomiciliar."

domingo, 2 de junho de 2019

O Horror Fantástico nos Livros

Domingão de outono com muitas nuvens e vento fresco, diz a previsão de vai esfriar e talvez até chova para amenizar a poeira. Eu adoro aproveitar a manhã para ler um pouco e hoje recomendo alguns autores do chamado "horror cósmico", sem esquecer o incrível Lovecraft é claro.


Pouca gente sabe que muito antes do escritor Tolkien abalar o séc. XX com suas obras maravilhosas, o gênero fantástico já estava sendo escrito. Já ouviram falar das Hqs de Conan, o Bárbaro? Ou sobre o puritano Solomon Kane? Ainda Kull, o Conquistador? Não, mas já devem ter assistido aos filmes, então, esses personagens surgiram da mente prodigiosa de Robert E. Howard.!


E nem precisa dizer que ainda fico indignada com quem não aprecia uma boa leitura, na Era da Informação é possível encontrar os "analfabetos" em todos os níveis.!
"Robert E. Howard (EUA, 1906 - 1936)
 

Autor de vida breve e trágica, mas de vasta produção (foram cerca de 300 contos e 700 poemas). Mais conhecido como o criador de Conan, o Bárbaro e o pai do subgênero literário de Sword and Sorcery, Robert Ervin Howard foi também um importante correspondente de Lovecraft.

A amizade, no entanto, foi tardia. Começou em agosto de 1930, quando Howard -- já colaborador de longa data da Weird Tales (sempre ela) — escreveu uma carta para a revista elogiando a reedição de Os Ratos nas Paredes, de Lovecraft. Este respondeu afetuosamente, e logo os dois estabeleceram uma comunicação epistolar que durou até a morte do primeiro.
 

Com a correspondência, Howard não tardou a começar a enriquecer o Cthulhu Mythos. Nos últimos anos de sua vida, deu preciosas contribuições ao universo lovecraftiano, com histórias como Os Filhos da Noite, A Rocha Negra e O Fogo de Assurbanipal.

No entanto, Robert E. Howard, que sempre fora vítima de depressão, recebeu um duríssimo golpe com a notícia da morte de sua mãe. Arrasado, afundado em dívidas e sem perspectivas, suicidou-se em junho de 1936 — um ano antes de Lovecraft falecer, vítima de câncer no intestino.

Clark Ashton Smith (EUA, 1893 - 1961)
 

Outro dos principais colaboradores da Weird Tales e do mito de Cthulhu, o poeta, escultor, pintor e autor Clark Ashton Smith também foi um importante correspondente -— e depois amigo — de Lovecraft. Este sentiu-se atraído pelo veia poética e pela inteligência sardônica que Smith revelou em seus primeiros contos de horror.

Inspirado pela criação lovecraftiana, Clark Ashton Smith escreveu, de 1926 a 1935, diversos exemplos de weird fiction, como também era chamada a corrente literária desses autores. Foi responsável por reforços de peso para o bestiário de Lovecraft, com criaturas como Tsathoggua, Aforgomon, Rlim Shaikorth, Mordiggian, entre várias outras.

A sinergia era tanta que ambos, com frequência, “emprestavam” um do outro: Lovecraft utilizava criações de Smith em suas próprias histórias, e vice-versa. Era um hábito que o próprio Lovecraft incentivava, e que acabou contribuindo para a confusão que hoje se faz entre quem criou o quê.

Aliás, a julgar pelo empenho com que esses autores exploraram o desconhecido, é pouco provável que algum deles reclamasse dessa confusão. Dificilmente um desses escritores reclamaria, para si, o big bang desse universo; pois foi e é essa contribuição que permite que tal universo se mantenha vivo, expandindo-se até hoje.

Tanto melhor assim. Porque se a felicidade só é real quando compartilhada, como afirmou o filósofo Heny David Thoreau, o medo é ainda mais real quando compartilhado. E este é um território no qual, ao contrário do que muitos pensam, Lovecraft nunca esteve ou estará sozinho."(revistagalileu)

sábado, 1 de junho de 2019

O Filme "A Ameaça Fantasma" fez 20 anos

Sabadão de muito sol e o melhor é o primeiro dia de Junho. Sem nada muito importante para fazer? Que tal assistir um filme que completou 20 anos no dia 19/5/2019? Seu nome? Star Wars - "Ep. 1 - A Ameaça Fantasma." Nesse filme ficamos conhecendo o adolescente Anakin Skywalker que irá se transformar em Darth Vader, o maior vilão da história do cinema.

Eu como uma fã incondicional da Saga, também enfrentei as filas enormes para sentir a emoção  de anos antes. Há 20 anos, os filmes chegavam no Brasil um mês depois...

E por incrível que pareça gostei de tudo que vi e não sou uma fã que renega os novos eps. Pelo contrário é tão boa quanto os eps. IV, V e VI e as cenas de lutas são incríveis; a rainha Padmé  Amidala é linda e percebe-se porque a princesa Leia é tão fascinante, os cavaleiros jedis são tops e por aí vai. 

Aliás, o George Lucas disse na época que os filmes foram feitos para crianças de 12 anos, os que reclamaram já tinham mais de 40 anos! Então, dá para entender os motivos das reclamações: fãs idosos são extremamente chatos...

"No último dia 19 de maio, Star Wars – Episódio I: A Ameaça Fantasma completou 20 anos de sua estreia, marcando o retorno da saga espacial criada por George Lucas após 16 anos de hiato, iniciando uma nova era de aventuras, mudando a maneira como os filmes eram feitos e, principalmente, fazendo fãs do mundo inteiro se conscientizarem pela primeira vez dos perigos do hype exagerado.

O filme foi um verdadeiro fenômeno cultural, algo como Vingadores: Ultimato foi recentemente, mas em uma escala muito, muito maior. E independente de ter sido bom ou ruim, de ter decepcionado ou não, uma coisa é certa: ele marcou uma época muito boa na vida de muita gente, que viu Star Wars retornar com toda a força (com o perdão do trocadilho) aos holofotes do mundo e pode praticamente respirar a saga 24 horas por dia.
(...)
 

George Lucas falou pela primeira vez sobre continuar sua saga em 1997, na época em que as edições especiais da trilogia clássica estavam em cartaz nos cinemas. Aproveitando que os filmes eram populares de novo, ele anunciou, para a surpresa de todos, que faria toda uma nova trilogia de Star Wars, com os episódios I, II e III da saga, contando todos os eventos que levaram a transformação de Anakin Skywalker em Darth Vader e como a tirania do Império tomou a galáxia. E mais: que o roteiro já estava escrito desde 1994 e que as gravações começariam naquele mesmo ano.

O primeiro trailer de A Ameaça Fantasma foi lançado em novembro de 1998, e foi aí que a sociedade como um todo começou a reparar que não se tratava só de um simples filme, mas de um evento cinematográfico sem igual prestes a acontecer. Nos cinemas onde o trailer estava sendo exibido, acontecia um fenômeno interessante: pessoas pagavam o preço do ingresso do filme em cartaz, assistiam ao trailer e iam embora. Simples assim.

A empolgação ganhou ainda mais força quando o segundo trailer chegou, em março de 1999, dois meses antes da estreia do filme. Esse pode ser considerado o primeiro grande desafio da internet como um serviço acessível a todos, fora do campo de uso militar. A nova prévia do filme foi baixada mais de um milhão de vezes só nas primeiras 24 horas, e isso em uma época sem Youtube, sem banda larga e onde a única conexão com a rede era a discada.

Servidores do mundo inteiro não tiveram como aguentar a alta demanda e caíram, gerando uma confusão enorme. E iria aumentar, já que após duas semanas o trailer já tinha mais de 3 milhões de downloads.

Apesar de a parcela de fãs que não gostou (e ainda não gosta) de A Ameaça Fantasma ter lá sua razão para isso, não podemos nos esquecer de tudo de bom que o filme trouxe. Para os fãs da saga, isso representou uma expansão nunca antes vista da mitologia da série, com novos planetas, aventuras, personagens, acontecimentos e detalhes até então desconhecidos, como o funcionamento da ordem Jedi na época de seu auge, o estilo de combate dos Jedi ou como a república funcionava, por exemplo.

Fora da base de fãs, Episódio I também foi extremamente importante, mudando a maneira como os filmes eram feitos. Foi neste filme que começou a ser utilizado o método de filmagem com câmeras digitais pela primeira vez, algo que hoje se tornou padrão. No campo dos efeitos especiais, A Ameaça Fantasma também revolucionou, sendo Jar Jar Binks o primeiro personagem totalmente feito em computação gráfica para um filme, algo que virou tendência no cinema. Se hoje temos Thanos e Gollum, foi porque Jar Jar veio antes."(legiãodosherois.uol.com.br)