quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Os Sutiãs que Nunca Foram Queimados
"No dia 7 de setembro de 1968, enquanto Jordi Ford era eleita Miss América e, do lado de fora do teatro, uma centena de mulheres gritava lemas de protesto, a história eternizava um episódio que, na realidade, nunca aconteceu: a queima de sutiãs em praça pública.
Para protestar contra a ditadura da beleza que estava sendo imposta às mulheres de seu tempo - o degradante símbolo burro-peitudo-feminino, como dizia o manifesto divulgado naquele dia - mulheres de vários estados americanos saíram às ruas de Atlantic City levando símbolos de feminilidade da época: cílios postiços, revistas femininas, sapatos de salto alto, detergentes e sutiãs.
Elas organizaram uma "lata de lixo" onde todos os apetrechos seriam queimados. Mas a queima não chegou a ocorrer. "A prefeitura não autorizou o uso de fogo", diz a feminista americana Amy Richards.
Os cartazes e gritos pelas ruas de Atlantic City combatiam os caminhos daquela sociedade dominada por homens de elite, que impunha às mulheres - assim como aos negros - papéis secundários. No caso das mulheres, os papéis tinham raízes profundas." (Revista Superinteressante)
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