"Pripyat é o nome dado a uma cidade ucraniana localizada
no centro-norte do país, no oblast (província) de Kiev, próxima à
fronteira com a Bielorrússia.
Atualmente uma cidade fantasma, Pripyat é conhecida por ter sido o centro habitado mais próximo da antiga usina nuclear de Chernobyl,
local do acidente nuclear amplamente noticiado em meados da década de
80 do século XX. Seu nome é emprestado do rio que corre ali próximo, o
Pripyat.
O desastre envolvendo a explosão e o consequente vazamento de material
radioativo foi responsável pela morte de cerca de 4 mil pessoas (em
números fornecidos pela ONU, incluindo vítimas decorrentes de sequelas
da radiação nuclear; os números são, porém, contestados por outras
organizações, como o Greenpeace, que sustenta um número de até 93 mil vítimas).
Na época do acidente, a Ucrânia era uma das repúblicas soviéticas,
e Pripyat tinha uma população de cerca de 50 mil habitantes. Devido ao
fato de estar tão próxima ao local da tragédia, a cidade foi evacuada, e
o que restou dela está hoje contido em uma área de 30 quilômetros
chamada de Zona de Exclusão de Chernobyl. Originalmente um modesto
reduto de agricultores, a região teria seu destino mudado em 1970,
quando a usina nuclear foi instalada, a primeira em toda a Ucrânia. A 18
km dali, a cidade de Pripyat era construída, com o objetivo de abrigar
os trabalhadores de Chernobyl.
Meticulosamente planejada, Pripyat possuía uma ampla rede de atrativos
culturais, destacando-se livrarias, teatros, bibliotecas, escola de arte
e sala de concertos. Sua infraestrutura era exemplar, contando com um
centro médico, escolas secundárias, escola técnica, mercados e
restaurantes. Destacavam-se ainda as diversas pré-escolas e as opções
para a prática de atividades físicas. Pripyat, era, enfim, uma
cidade-modelo, onde mais de mil crianças nasciam anualmente.
Infelizmente, todo esse progresso e bem estar foi posto por terra no
desastre ocorrido na usina nuclear. Com o vazamento de resíduos
nucleares, grande parte população ficou exposta a níveis altíssimos de
radiação. O governo soviético procurou abafar a tragédia, e detalhes
sobre o número de mortos não eram divulgados. Calcula-se que o desastre
ocorrido em Chernobyl tenha liberado uma quantidade de radiação 100
vezes maior que a das bombas atômicas que atingiram o Japão na Segunda Guerra Mundial." (InfoEscola)
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