Alguns filmes são tão incríveis que vale a pena sempre assistir mais uma vez...
"Nos cinemas X-Men é uma franquia que desperta amor e ódio há anos. Quando chegou pela primeira vez em 2000, a adaptação de Bryan Singer
foi magia acontecendo, e os estúdios percebendo que daria sim pra levar
super heróis pra tela grande sem galhofada, como nos últimos filmes do Batman. Dava pra fazer alguma coisa diferente e bacana.
Seis filmes de equipe e dois solos do Wolverine
depois, a franquia ainda pena pra conseguir solidez enquanto universo
compartilhado. Você assiste um ou outro e gosta, mas no geral, em uma
linha do tempo, vira uma bagunça. Bagunça essa que começou lá em 2006
com X-Men: O Confronto Final e piorou com X-Men Origins: Wolverine. Durante um bom tempo os X-Men pareciam enterrados no cinema, até que em 2011 um sujeito chamado Matthew Vaughn chegou com os dois pés na porta e fez o melhor filme da equipe.
Vaughn resolveu voltar no tempo, mais precisamente na década de 60 e mostrar um Xavier e Magneto ainda jovens. Praticamente tudo em X-Men: Primeira Classe funciona, desde o elenco que faz jus aos nomes de peso da primeira trilogia (Ian McKellen e Patrick Stewart)
a história dos mutantes se misturando com a nossa, como a Crise dos
Mísseis em Cuba, espionagem, tensão entre EUA e Rússia, bombas
nucleares, etc.
Totalmente focado nas duas mentes por trás de todos os acontecimentos envolvendo os X-Men, Primeira Classe cria o relacionamento ideal entre Charles Xavier e Erik Magnus.
Em duas horas de filme somos apresentados a filosofia de ambos e
principalmente, o choque frontal delas com a realidade. No fim, quem
estaria mais correto sobre a visão que a humanidade teria a respeito dos
mutantes?
Matthew Vaughn consegue criar momentos assim ao longo de todo filme. O rancor de Erik caçando os assassinos de sua família, Xavier lecionando e vivendo uma vida mais regrada, os debates e a deliciosa cena final na ilha. Primeira Classe deveria ser um filme divisor de águas, o início de uma nova era. E até certo ponto foi, o problema é que mesmo Dias de Um Futuro Esquecido e Apocalipse sendo bons filmes, Singer parece não ter compreendido a mensagem de Vaughn.
A descoberta dos poderes, o treinamento, o trabalho em equipe. Foi
tudo tão bem conduzido sem a necessidade de criar grandes momentos. Por
exemplo, a cena final entre Magneto e Sebastin Shaw carrega uma carga emocional maior que qualquer outro vilão seguinte (os Sentinelas e o próprio Apocalipse).
Aliás, Shaw não é só um dos melhores vilões dos X-Men (ficando atrás apenas de Magneto), mas também das adaptações dos super heróis no cinema.
Bem vestido, charmoso, com a fala mansa e quase intocável. É o mal muito bem representado, praticamente o demônio. Mas Kevin Bacon é apenas um dos ingredientes dessa ótima mistura. Em Primeira Classe Jennifer Lawrence ainda não incomodava, a maquiagem de Nicholas Hoult
não era estilizada pro rosto do ator aparecer mais, os uniformes eram
uma belíssima homenagem aos quadrinhos. Até o uso do nome mutante foi
bem sacado.
Falando por mim, X-Men: Primeira Classe é o melhor filme dos X-Men no cinema e um dos melhores já feito com super heróis. Vou além: desde Os Vingadores em 2012 não tivemos nenhum outro filme do gênero melhor que Primeira Classe."(www.amigosdoforum.com.br - Luide Matos)
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