A web é incrivelmente maravilhosaaaaa, mas as "teorias das conspirações" não são uma invenção dela ou da modernidade. Há mais de 700 anos isso já acontecia e o caso mais famoso é o que se refere a figura do cavaleiro templário Jacques De Molay e a Ordem dos Templários.
Livros e filmes sobre a Ordem dos Templários e sua atuação durante a Idade Média existem aos milhares e o pior é relacioná-los com a Ordem Maçônica. Mas, isso é assunto para outro post...
"Jacques de Molay (Molay 1244 - Paris, 18 de março de 1314), foi um nobre, militar, cavaleiro e o último grão-mestre da Ordem Templários. Nascido em Molay, pertencia a uma família da pequena nobreza francesa. É hoje o patrono da Ordem DeMolay. Muito pouco se sabe sobre sua infância e adolescência: aos seus 21 anos de idade, como muitos filhos da nobreza europeia, de Molay entrou para a Ordem dos Cavaleiros Templários (organização sancionada pela Igreja Católica para proteger as estradas entre Jerusalém e Acre - importante porto no mar Mediterrâneo).
Nobres de toda a Europa enviavam os filhos para serem cavaleiros templários, e isso fez com que a Ordem passasse a ser muito rica e popular em todo o continente europeu e Oriente Médio. Em 1298, Jacques de Molay foi nomeado grão-mestre dos templários (assumiu o cargo após a morte de seu antecessor, Teobaldo Gaudin), uma posição de poder e prestígio.
Em 1305, o rei da França Filipe IV, o Belo resolveu obter o controle dos templários para impedir a ascensão da ordem no poder da Igreja Católica. O rei era amigo de Jacques de Molay devido ao parentesco deles; o delfim Carlos, mais tarde Carlos IV, era afilhado de Jacques. Mesmo sendo seu amigo, o rei de França tentou juntar a ordem dos Templários e a dos Hospitalários, pois sentiu que as duas formavam uma grande potência econômica e sabia que a Ordem dos Templários possuía várias propriedades e outros tipos de riqueza.
Sem obter o sucesso desejado, de juntar as duas ordens e se tornar um líder absoluto, o então rei de França armou um plano para acabar com a Ordem dos Templários. Chamou o nobre francês Esquino de Floyran com a missão de denegrir a imagem dos templários e de seu grão-mestre, e como recompensa receberia terras pertencentes aos templários logo após derrubá-los.
Filipe acusou os cavaleiros de ofensas perversas, visando assim denegrir
a ordem perante o público. Entre os perjúrios, estavam cuspir no
crucifixo, negar Cristo, idolatrar falsos deuses, blasfêmia e
obscenidades. O ano de 1307 marcou o começo da perseguição aos cavaleiros. Apesar de possuir um exército com cerca de 15 000 homens, Jacques foi a França para o funeral de um membro feminino da realeza francesa e levou consigo alguns cavaleiros. Onde foram capturados na madrugada de 13 de outubro por Guilherme de Nogaret, homem de confiança do rei Filipe IV.
Durante sete anos, Jacques de Molay e os cavaleiros aprisionados nas masmorra do Castelo sofreram torturas e viveram em condições subumanas. Enquanto isso, Filipe IV gerenciava as forças do papa Clemente V(1305–1314) para condenar os templários e suas riquezas e propriedades foram confiscadas e dadas a proteção do rei. Mesmo após três julgamentos Jacques continuou sendo leal com seus amigos e cavaleiros, recusando-se a revelar o local das riquezas da Ordem e denunciar seus companheiros.
Em 18 de março de 1314, Jacques de Molay foi levado à Corte Especial. Como evidências, a corte dependia de confissões forjadas, supostamente assinadas pelo grão-mestre. Desmentiu as confissões, sob as leis da época a pena por desmentir era a morte.
Foi julgado pelo Papa Clemente V, e assim como Jacques de Molay o cavaleiro Guido de Auyérnia desmentiu sua confissão e ambos foram condenados. Filipe IV ordenou que ambos fossem queimados naquele mesmo dia. Durante sua morte na fogueira intimou aos seus três algozes, a comparecer diante do tribunal de Deus, amaldiçoando os descendentes do então rei de França.
No dia 18 de março de 1314, Paris amanheceu nervosa. Jacques de Molay,
grão-mestre da Ordem dos Templários, iria para a fogueira. O condenado à
morte pediu duas coisas: que atassem suas mãos juntas ao peito, em
posição de oração, e que estivesse voltado para a Catedral de Notre
Dame. No caminho, parou e fitou os dois homens que o haviam condenado: o
rei Filipe, o Belo, e o papa Clemente 5º. Rogou-lhes uma praga: “Antes
que decorra um ano, eu os convoco a comparecer perante o tribunal de
Deus. Malditos!” Depois disso, calou-se e foi queimado vivo.Um detalhe curioso e mórbido: a praga rogada por Jacques pegou. Clemente
morreu 42 dias depois de De Molay, e Filipe bateu as botas em 29 de
novembro daquele mesmo ano."
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