Domingão nublado e depois de muita chuva a previsão é que ainda vai cair muitaaaaa água. O Brasil está em clima de Carnaval, a maior festa popular do país, e embora muitos brasileiros não gostem dela ela acontece há muitos e muitos anos.
Eu pertenço ao bloco dos que atualmente não curto ir para as ruas e nem assistir pela TV. Ainda bem que existe a Netflix e maratonar séries, filmes, desenhos, animes é uma excelente opção. Então, para quem ainda não assistiu a nova versão da série Perdidos no Espaço, recomendo uma vez que está perfeita para os padrões do Séc. XXI. Ainda que a dos anos 1965 será eternamente icônica.
"1 – A série original foi um sucesso
O seriado que foi ao ar pela primeira vez em 1965, criado por Irwin Allen, era um sucesso de público e foi um dos pioneiros na exploração do âmbito de ficção científica na televisão – ainda antes de Jornada nas Estrelas começar a conquistar o público e muito antes de Star Wars se tornar um sucesso nas telonas.
A série teve três temporadas, com 84 episódios no total e contava a história das aventuras da família Robinson no espaço a bordo da nave Júpiter 2, junto com o robô B9, responsável pelo bordão famoso “Perigo, Will Robinson!”.
O seriado acabou cancelado por conta dos altos custos de produção, mas agora, nas mãos da Netflix – que é uma grande investidora em produtos originais de seu serviço -, tem tudo para ser mais longeva.
2 – Tom mais obscuro
A nova série, apesar de manter basicamente a mesma história do seriado original, esqueceu um pouco os elementos de diversão e humor – que eram o grande destaque do filme lançado em 1998 – e aposta em um tom muito mais dramático e soturno.
Claro que o humor e as risadas não foram deixados completamente de lado. Momentos despretensiosos entre a família, principalmente com Will Robinson (interpretado por Maxwell Jenkins), estão presentes, mas há uma evidente tentativa de modernizar a série como um todo, e o tom acompanha isso.
A reformulação também vai ao encontro da história, que não foca apenas na narrativa de desventuras dessa família, mas sim na dramatização do fato de que eles se perderam de seu curso e agora precisam sobreviver.
3 – Atualização nos efeitos especiais
É óbvio que os efeitos especiais da série estão muito superiores aos do seriado original – até porque 53 anos separam os episódios clássicos desses novos -, mas ainda assim é surpreendente o trabalho realizado pela equipe da Netflix – equipe que inclusive trabalhou no filme Perdido em Marte, de Ridley Scott.
O orçamento da série aumentou muito, sendo uma das grandes apostas do serviço de streaming, e felizmente, esse investimento pode ser visto em tela. A criatura robótica que divide tela com Will, por exemplo, é extremamente bem feita e exprime bem a sensação de desconhecido.
As cenas de ação – apesar de não muito recorrentes – também não decepcionam, com efeitos especiais dignos das telonas.
4 – Elenco recheado e uma atualização de papéis
A nova versão é estrelada por Toby Stephens (conhecido por Black Sails e 007 – Um Novo Dia Para Morrer), que vive John Robinson; Molly Parker (House of Cards) é sua mulher, Maureen; Taylor Russell (Falling Skies) interpreta a filha Judy; Mina Sundwall (Amor Por Direito) é Penny e Max Jenkins (de Sense8) é o caçula que vira amigo do robô alienígena B9.
Além de um elenco de peso, percebe-se as funções familiares mudando durante a série, acompanhando a modernidade. A personagem de Molly Parker é a grande raiz da família, símbolo de força e independência, seguindo a maneira como o mundo também tem se atualizado.
A série também toma algumas liberdades criativas e logo nos primeiros episódios já é possível ver uma dinâmica de personagens diferente do seriado original – tanto que o Dr. Smith, o espião infiltrado, agora é uma mulher.
5 – Possibilidades infinitas
Uma das grandes tristezas na série original foi sua falta de longevidade. Em explorações espaciais tudo é possível e há diversas histórias diferentes para serem contadas. No que pode ser visto nesses cinco primeiros episódios, isso será explorado paulatinamente.
Além da construção da história, mostrando como essa família chegou até esse ponto e apresentando suas diversas desventuras, há uma possibilidade de esse seriado se tornar algo gigantesco, abrangendo visitas a diversos mundos, raças novas e histórias que destoam – seguindo a mesma linha que Star Trek apresentava em sua série clássica. Esta primeira temporada conta com 10 episódios e todos estarão disponíveis na Netflix."
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