terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Nova Orleans/Estados Unidos também tem Carnaval

E hoje é o último dia do Carnaval no Brasil, lembrando que o carnaval chegou ao Brasil em meados do século XVII, sob influência das festas carnavalescas que aconteciam na Europa. Em alguns países, como a França, o carnaval acontecia em forma de desfiles urbanos, ou seja, os carnavalescos usavam máscaras e fantasias e saíam pelas ruas comemorando.

Certos personagens têm origem europeia, mas mesmo assim foram incorporados ao carnaval brasileiro como, por exemplo, rei momo, pierrô, colombina. O carnaval tornou-se mais popular no decorrer do século XX e teve um crescimento considerável que ocorreu devido às marchinhas carnavalescas (músicas que faziam o carnaval ficar mais animado).

A primeira escola de samba foi criada no dia 12 de agosto de 1928, no Rio de Janeiro, e chamava-se “Deixa Falar”, anos depois seu nome foi modificado para Estácio de Sá. Com isso, nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo foram surgindo novas escolas de samba. Organizaram-se em Ligas de Escolas de Samba e iniciaram os primeiros campeonatos para escolher qual escola era a mais bonita e a mais animada. A região nordeste permaneceu com as tradições originais do carnaval de rua, como Recife e Olinda. Já na Bahia o carnaval fugiu da tradição, conta com trios elétricos, embalados por músicas dançantes, em especial o axé.

Em alguns países europeus a tradição permanece e mesmo o Brasil sendo onde ocorre o "melhor carnaval do mundo", nos Estados Unidos principalmente em Nova Orleans, acontece um carnaval que a maioria dos brasileiros desconhecem. Por isso irei postar alguns dados aqui e quem sabe despertar o desejo de alguém em conhecê-lo.


"O Carnaval de Nova Orleans, o mais famoso dos Estados Unidos, parte da tradição do Mardi Grass, termo francês que significa Terça-Feira Gorda. Este movimento teve seu início na Louisiana, por volta de 1699 – ano em que ocorreu a primeira documentação deste evento -, uma iniciativa dos colonizadores franceses.

Diante desta atitude da elite inglesa e dos chamados crioulos, os agrupamentos negros de Nova Orleans também decidiram integrar esta festa e, assim, os membros das altas classes negras criaram seus próprios festejos, enquanto a camada operária desta etnia elaborou outra forma de se divertir no Carnaval, que também se tornou muito popular nesta cidade.

O Cajun, expressão campesina do Carnaval, ao contrário da manifestação urbana, se inspira no modelo francês predominante no campo, importado pelos Acadianos da Nova Escócia – agrupamento étnico que descende dos colonizadores originalmente residentes na porção nordeste da América do Norte, incluindo algumas áreas do Canadá -, que desembarcaram na Louisiana no final do século XVIII.

Esta festa tem sua origem na era medieval da Europa; é o resultado de elementos culturais distintos que se disseminaram pela Louisiana. Pequenas turmas de folgazões, montados a cavalo ou transportados em caminhões, peregrinam de residência em residência, fantasiados de palhaços, mulheres e diabos, portando máscaras normalmente confeccionadas com telas de arame ou papel machê. Uma vez no interior dos lares, eles cantam e dançam para os donos da casa.

Algumas fontes registram que o Mardi Grass teve sua origem na instituição do clube denominado The Mystick Krewe of Comus, em 1857, uma atividade que nasceu da união de alguns comerciantes. Neste momento houve uma parada com imensos carros alegóricos, conduzidos por negros portando tochas. No início do século XX criou-se o Krewe of Rex, que se exibiu diante do Grão-Duque da Rússia.

Ao longo do Mardi Grass, mais de 50 grupos realizam seus desfiles ao longo da cidade. Os bares não fecham e ficam lotados, e neles são exibidos figurinos os mais bizarros. As pessoas se embebedam e realizam pelas ruas uma grande farra. O principal local de convergência dos foliões negros é a Avenida Clair Borne; aí se mesclam os mais curiosos e diferentes grupos, trajando as mais excêntricas peças.

Esta festa se tornou popular por suas máscaras de gesso, seus colares de continhas e seus grupos que compõem pequenas bandas por todo o mês carnavalesco, atingindo seu auge na ‘terça-feira gorda’, que encerra o Carnaval, um dia antes da Quarta-Feira de Cinzas, quando se inicia a Quaresma. O soberano desta festividade é o Rei Zulu, e a trilha sonora é composta por uma fusão de ritmos de procedência negra.

No Mardi Grass predominam os trajes tecidos com as cores típicas deste evento – o dourado, representando o poder; o verde, que denota a fé; e o roxo, símbolo da justiça. Tornou-se convencional nestas paradas carnavalescas a nudez feminina. As estudantes revelam os seios em troca de colares de continhas."

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