sexta-feira, 19 de junho de 2020
O Juneteenth nos Estados Unidos
A Guerra Civil Americana, também conhecida como Guerra de Secessão ou Guerra Civil dos Estados Unidos, foi uma guerra civil travada nos Estados Unidos de 1861 a 1865, entre o Norte e o Sul. Mesmo que os alunos não gostem muito de estudar esse capítulo da História dos Estados Unidos, não podemos deixar de mencioná-lo.
E por incrível que pareça a abolição da escravidão foi resultado dessa guerra. A secessão americana foi motivada basicamente pelas diferenças existentes entre norte e sul dos Estados Unidos durante o século XIX. Os estados do Norte eram caracterizados pelo desenvolvimento manufatureiro, com a existência de pequenas propriedades agrícolas e predominância do trabalho livre assalariado.
O Sul, por sua vez, era caracterizado pela dependência do cultivo agrícola baseado no sistema do plantation, no qual havia a existência da grande propriedade de terra (latifúndio), baseada na monocultura (em geral, algodão) e totalmente dependente do trabalho escravo
"Juneteenth é uma das celebrações mais antigas dos Estados Unidos, que marca o fim de mais de dois séculos de escravidão no país.
É comemorado em 19 de junho desde 1866 e organizações de direitos civis dos EUA, como a Associação Nacional para o Progresso das Pessoas de Cor (NAACP, na sigla em inglês), há muito tempo fazem lobby para tornar a Juneteenth um feriado nacional oficial.
O nome vem de uma combinação, em inglês, de 'junho' e 'décimo nono', em referência à data em que finalmente foi declarado o fim da escravidão nos EUA. Também é conhecido como Dia da Emancipação e Dia da Liberdade.
O presidente Abraham Lincoln havia emitido a Proclamação de Emancipação - que formalmente libertou todos os escravos - mais de dois anos antes. Mas precisou de tempo, e do fim da guerra civil americana, até isso virar uma realidade para todos.
O Texas era um dos Estados confederados - um grupo de Estados que defendiam a escravidão e que lutaram contra a União na guerra civil.
Foi o último Estado a se render ao Exército da União, e também o último onde os negros escravizados souberam de sua liberdade.
Quando o general da União Gordon Granger leu o documento na cidade de Galveston, a guerra havia terminado e Lincoln havia sido assassinado por um simpatizante confederado em um teatro.
Atualmente, 46 dos 50 Estados e o Distrito de Columbia observam ou comemoram oficialmente o Juneteenth. Mas a data não é um feriado nacional, apesar dos anos de lobby das organizações de direitos civis.
Nos últimos dias, várias empresas - incluindo Apple, Nike e Twitter - anunciaram que a data será um feriado remunerado para seus funcionários a partir de agora.
Também nessa lista está o corpo diretor do futebol americano, a Liga Nacional de Futebol. A NFL foi criticada nos últimos anos por excluir o ex-jogador do San Francisco 49ers Colin Kaepernick, que ajoelhou durante o hino nacional em apoio ao movimento Black Lives Matter.
Nikola Hannah-Jones, jornalista do New York Times e autora de uma série premiada sobre a história da escravidão nos EUA, é uma das vozes que defendem o feriado nacional.
"O fato de os EUA não terem um Dia de Emancipação para marcar a abolição de uma instituição contrária aos nossos ideais fundadores de liberdade demonstra uma negação contínua e nossa incapacidade de reconhecer o que fizemos e quem somos. Deveria ser um feriado nacional", ela escreveu no Twitter em 11 de junho."(bbc)
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