Houve um tempo que as pessoas nascidas com alguma anomalia física ou mental eram tratadas como "aberrações." E muitos acabavam encontrando nos circos uma "família" e uma forma de sobreviver.
Na 4ª temporada da série American Horror Story esse foi o tema apresentado e apesar de muita gente achar uma temporada ruim, eu achei extremamente interessante. Você não pode assistir aos horrores que as pessoas pagavam para ver nos circos com os olhos do Séc. XXI. Uma mulher barbada, um homem gigante, uma mulher pequena, uma mulher com duas cabeças, um homem elefante, etc eram anomalias que as famílias e a própria sociedade não aceitava. O destino das "aberrações" geralmente era a morte ou os circos de horrores.
"No passado, uma simples anomalia congênita poderia definir a vida de uma pessoa. Sequestrados, encontrados, ou acolhidos pelos famosos freak shows, então, tais indivíduos começavam uma longa trajetória circence, acompanhada por muitos momentos degradantes e, de vez em quando, um salário para chamar de seu.
Conheça 4 casos de pessoas que fizeram parte dos insólitos Freak Shows:
1. Irmãos albinos George e Willie Muse
Não se sabe exatamente como os gêmeos George e Willie Muse foram parar no universo dos freak shows. Ainda que duas teorias existam, acredita-se que, quando pequenos, eles tenham sido sequestrados por um caçador de aberrações. De qualquer forma, os irmãos logo foram apresentados ao circo Ringling Brothers.
Com longos dreadlocks, os irmãos albinos eram considerados uma atração sem precedentes e, assim, se apresentaram até no exterior. Após reencontrarem sua mãe, os dois se aposentaram, em meados de 1950. Livres do circo e do preconceito, George faleceu em 1972, enquanto Willie viveu até os 108 anos, morrendo apenas em 2001.
2. Fedor Jeftichew, o Menino Cão
Nascido com hipertricose, o russo Fedor Jeftichew herdou a rara característica de seu pai e, por isso, passou a ser conhecido como o Menino Cão. Juntos, os parentes de aparência incomum começaram a se apresentar em freak shows. Pai e filho chamavam cada vez mais atenção e, com um carisma singular, o menino descobriu a fórmula do sucesso.
Com um rosto considerado adorável, o pequeno aprendeu a língua dos visitantes e passou a interagir com eles. Após a morte do pai, Fedor mudou-se para os Estados Unidos ao lado de P.T. Barnum. Em meados de 1901, contudo, ele se aposentou do circo e, com uma saúde já debilitada, morreu de pneumonia quatro anos mais tarde.
3. Myrtle Corbin, A Mulher de Quatro Pernas
Logo que nasceu, Josephine Myrtle Corbin foi negada e abandonada por sua família. Dona de uma anomalia incomum, a menina tinha quatro pernas, duas pélvis, dois órgãos sexuais e dois sistemas excretores independentes. Sozinha desde criança, ela logo foi acolhida por P.T. Barnum, que procurava atrações para suas exibições.
Aos 14 anos, conhecida como A Mulher de Quatro Pernas, a jovem já se apresentava em freak shows. Eventualmente, Josephine cansou-se da vida circense e decidiu se aposentar. Aos 19 anos, então, casou-se com o médico Clinton Bicknell, com quem teve quatro filhos. Josephine morreu aos 60 anos, por causas desconhecidas, em 1928.
4. Ella Harper, a Menina Camelo
Ella Harper nasceu no Tennessee com seus dois joelhos virados para trás. Devido à condição, logo percebeu que era muito mais fácil andar com as mãos no chão e, assim, recebeu o apelido de Menina Camelo. Aos 16 anos, a menina já era a estrela do Circo Harris Nickel Plate Show, onde ela se apresentava ao lado de um camelo.
Ganhando 200 dólares por semana, Ella abandonou a vida circense e construiu sua própria família. Em 1905, casou-se com o professor Robert L. Savely e passou a morar em Nashville, no Tennessee. Vítima de um câncer de cólon, a ex-circense morreu em meados de 1921, após se desvencilhar completamente da vida de ‘aberração’."
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