quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Alguns procurados que já se esconderam no Brasil

Criminosos se escondem e até vivem com nova identidade para enganar a  justiça - YouTube

O Brasil ainda possui a fama de abrigar alguns bandidos perigosos, mesmo que exista algumas convenções que foram assinadas desde o séc. XIX. E já tivemos de nazistas a assaltante de trem na Inglaterra, sendo que alguns foram tratados como celebridades pelos brasileiros
 

"Nosso hábito de não extraditar estrangeiros procurados surgiu no fim do século 19. "O Brasil assinou todas as convenções internacionais que concedem abrigo aos estrangeiros", diz Paulo Borba Casella, especialista em Direito Internacional da Universidade de São Paulo.
Aventuras na História · "Eu não tinha sentimentos": Gustav Wagner, o  soldado da SS que buscou abrigo no Brasil 

1. Gustav Wagner

Membro das SS, Wagner trabalhou no campo de extermínio de Sobibor, na Polônia, onde ganhou os apelidos de Fera e Lobo. Era pessoalmente responsável por selecionar quem seria usado nos trabalhos forçados e quem ia para a câmara de gás. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, fugiu para escapar da execução, chegando ao Brasil em 1950.

Morou em Atibaia até 1978, quando o caçador de nazistas Simon Wisenthal o descobriu. Foi detido quando se apresentou à polícia para desmentir a informação de que teria ido a uma festa em homenagem a Hitler.

Em 1979, foi solto por falta de provas. O Brasil rejeitou pedidos de extradição de Israel, Polônia, Áustria e Alemanha. Em 1980, foi encontrado com uma faca no coração. As autoridades brasileiras consideraram suicídio.
Justiça do DF permite exumação do ex-ditador paraguaio Alfredo Stroessner 

2. Alfredo Stroessner

O ex-ditador governou o Paraguai de 1954 a 1989, "ganhando" seis eleições, no mais longo mandato da história da América do Sul, que terminou com outro golpe militar. Viveu como refugiado em Brasília até falecer, em 2006.

Entidades de direitos humanos atribuem a ele 900 assassinatos e desaparecimentos. Mas o governo brasileiro nunca aceitou devolver Stroessner aos paraguaios.
Roger Pinto Molina - 08/09/2014 - YouTube 

3. Roger Pinto Molina

O ex-senador boliviano foi acusado de participar do massacre em Porvenir em 11 de setembro 2008. Em meio a uma tentativa de golpe de estado da direita, insatisfeita por um plebiscito que confirmou Evo Morales no poder, 12 militantes pró-governo e um soldado foram assassinados.

Refugiou-se na embaixada brasileira de La Paz em 2012 e no mesmo ano conseguiu asilo político no Brasil, fugindo do país em 2013 com a ajuda de autoridades brasileiras, sob ordens do ministro das relações exteriores Antonio Patriota, que se demitiu posteriormente. Morreu em Brasília, em 16 de agosto de 2017.
Morre Ronald Biggs, famoso assaltante do trem pagador 

4. Ronald Biggs

Participou do famoso assalto ao trem pagador, em Glasgow, em 1963. Não usaram armas de fogo, mas o condutor Jack Mills, que levou pancadas na cabeça, jamais se recuperou.

Preso no ano seguinte, fugiu da cadeia e chegou ao Rio de Janeiro, em 1970. Reconhecido em 1974, não pôde ser extraditado porque sua namorada brasileira estava grávida. Tornou-se uma celebridade no Brasil e seu filho, Mike, chegou a ser um astro-mirim.

Em 2001, voltou para a Inglaterra e foi detido imediatamente. Ganhou condicional em 2009, aos 80 anos, e faleceu em 2013. No seu caixão, foram colocadas as bandeiras do Brasil e do Reino Unido.

5. Cesare Battisti

O ex-membro dos Proletários Armados do Comunismo (PAC) foi condenado a 12 anos de prisão pela Itália, após o assassinato de 4 pessoas em 1979. Fugiu para a França, mas o seu destino final foi o Brasil. Usando documentos falsos, foi detido no Rio de Janeiro em março de 2007.

Em 2011, após muita polêmica, o Supremo Tribunal Federal decidiu pela não extradição. Battist acabou sendo extraditado em dezembro de 2018. Atualmente, ele cumpre pena na Itália e já escreveu 15 livros de ficção."(aventuranahistoria)

 Cesare Battisti (ativista) – Wikipédia, a enciclopédia livre

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