segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Descobertas múmias de 3 mil anos tatuadas

Os arqueólogos descobriram algumas múmias no Egito e o mais interessante é que elas estavam tatuadas. Pode não parecer muito, mas quando se trata do Egito, tudo é empolgante.
 

"Pesquisadores descobriram que sete múmias encontradas em Deir Almedina, no Egito, têm seus corpos tatuados. Os cadáveres têm pelo menos 3 mil anos e provavelmente pertenceram a moradores da vila de artesãos situada no local, que estava próxima do Vale dos Reis e do Vale das Rainhas.

Segundo especialistas, desde que as escavações começaram há mais de um século na região, apenas seis outras múmias identificadas tinham tatuagens. Essa descoberta só foi possível graças à tecnologia, que permitiu aos arqueólogos utilizar raios infravermelhos para escanear a pele das múmias.

É muito mágico trabalhar em um túmulo antigo e de repente ver tatuagens em uma pessoa mumificada usando fotografia infravermelha", disse Anne Austin, da Universidade do Misouri, nos Estados Unidos, à Science News. Das 13 múmias conhecidas que têm tatuagens, apenas uma é homem, o que é bem sugestivo para os cientistas.
 
"A distribuição, exibição e conteúdo dessas tatuagens revelam como elas foram usadas na prática religiosa e para forjar identidades públicas permanentes", escreveu Austin, em um artigo publicado por ela e sua equipe. "As várias tatuagens em uma múmia feminina demonstram o uso delas como identificação, para que essa mulher pudesse atuar como praticante religiosa, [figura] essencial para a comunidade Deir el-Medina."

Uma das múmias chamou a atenção por ter uma tatuagem de olho no pescoço, símbolo egípcio associado à proteção. Além disso, o corpo da mulher tinha dois babuínos desenhados, um em cada lado do pescoço.

Entretanto, os arqueólogos não encontraram uma lógica nos desenhos: "Não vejo um padrão discernível nas tatuagens que encontramos até agora", apontou Austin. Sendo assim, a equipe pretende continuar estudando as múmias da região em busca de outras múmias. "As tatuagens encontradas e analisadas durante as temporadas de 2016 e 2019 com o uso de fotografia infravermelha indicam que muito mais indivíduos provavelmente foram tatuados em Deir el-Medina.""

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