quinta-feira, 30 de abril de 2020

20 anos dos livros da Saga Harry Potter no Brasil

E lá se vão 20 anos da Saga Harry Potter e por incrível que pareça tem adolescente que nunca leu; tem adulto que crítica; tem igrejas que já queimaram os livros em praça pública; tem bibliotecas onde não possui nenhum exemplar... Eu sou fã e já fiz vários posts aqui sobre isso, adoro as mitologias greco-romana, medieval e a relação de uma sala de estudantes de magia da Inglaterra, onde não existe nenhuma tecnologia, com uma sala de aula atual.
Como uma leitora voraz sempre recomendo a leitura dessa Saga e de outras clássicas. Eu prefiro os livros, entretanto, os filmes são bastante fiéis e é sempre bom revisitá-los. Minha coleção ainda está nova, mas assim que puder irei trocar por essa kkkkk.
 

"No Brasil, Harry Potter desembarcou em 30 de abril de 2000, quando já era um sucesso não só no Reino Unido, como também nos Estados Unidos – na época, o filme de estreia da franquia (2001) estava em produção.

Bruno Zolotar, diretor comercial e de marketing da Rocco, conta que Paulo Rocco, dono da editora, conheceu o agente literário inglês Christopher Little e quis saber se havia alguma coisa boa na área de infantojuvenil, porque queria melhorar o catálogo da Rocco no segmento.

"O agente falou de Harry Potter “um livro que estava até indo bem na Inglaterra”. A Rocco avaliou, achou bom e o Paulo teve um feeling de que ali estava algo que poderia ser um grande sucesso. Comprou os direitos dos dois primeiros títulos. Quando as vendas dos livros começaram a estourar lá fora, ele correu para traduzir e lançou aqui com muito marketing”, recorda Zolotar.

Vinte anos mais tarde – e 5 milhões de exemplares vendidos, o que faz do Brasil o sétimo maior mercado editorial da obra –, a Rocco lança edição comemorativa.
 

Os sete livros, publicados originalmente no país entre 2000 e 2007, ganharam novas edições de capa dura – há também um box com todos os volumes. A arte da capa é assinada pelo escritor e ilustrador norte-americano Brian Selznick, autor de A invenção de Hugo Cabret, outro sucesso editorial que ganhou vida no cinema.
 

Para trazer um novo sabor à edição, as ilustrações se complementam: unidos, os sete exemplares formam um grande desenho com personagens e elementos que representam a história.

“Harry Potter foi um marco. Como diz o Paulo Rocco, há o mercado editorial antes e depois de Harry. Para nós da Rocco, HP é muito importante não só pelo faturamento e prestígio de ter a série e os livros da J.K. Rowling, mas pelo público que trouxe para a editora e que nos acompanha nas redes sociais. Temos muito orgulho de ser a casa de Harry Potter aqui no Brasil”, frisa.

E não foram só crianças e adolescentes que se encantaram pela trama. Adultos dos quatro cantos do planeta se apaixonaram por Harry, Hermione, Roney e cia limitada. Jornalista e escritora que acabou se especializando em literatura infantojuvenil, a carioca Rosa Amanda Strausz foi uma das primeiras figuras do meio intelectual brasileiro a fazer uma resenha sobre a coleção, que chamou de “genial”.

Rosa considera a obra literatura na sua essência e acredita que, mais do que ser um fenômeno comercial, o que mais a impressiona é sua relevância literária. “Muita gente achava que uma criança jamais leria um livro com 200, 300, 400 páginas, e sem ilustração. Isso que foi o mais incrível; a gente ter mostrado que se você deixar a criança escolher o livro que ela quer, ela encara. Eu sou grata a esse fenômeno por ter mostrado a quem não acreditava a capacidade de leitura das crianças. ‘Harry Potter’ é uma boa história e com um background cultural muito importante”, salienta.

O diretor de marketing da Rocco, Bruno Zolotar, também enfatiza a renovação e o aumento da legião de leitores alavancados não só pelos longas e por todos os outros produtos lançados na onda do fenômeno como games, brinquedos e parques temáticos. “É uma série aclamada por todo mundo. Público, crítica, autores comerciais e eruditos. Até Umberto Eco citou Harry Potter e Adélia Prado fez poema em cima do seu universo. Poucas são as obras que conseguem essa unanimidade. Depois é uma série que mostra o amadurecimento de um menino até virar adulto. Tem gente que cresceu com Harry Potter. E tem também o esforço das editoras que nesses 20 anos criaram novas edições, as mais variadas, como a que estamos lançando agora. Isso ajudou a manter as vendas da série acesas nas livrarias e a renovar o público”, acredita."

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