sábado, 18 de abril de 2020

Dia de Monteiro Lobato

Biblioteca Infantil terá semana especial dedicada a Monteiro ...
Sábado com sol tímido e brisa fresca, temperatura típica de outono. E para quem não sabe hoje, é o Dia Nacional do Livro Infantil. Quando se fala em livro infantil no Brasil o escritor que nos vem a cabeça é Monteiro Lobato. Suas obras foram traduzidas para diversos idiomas, como francês, italiano, inglês, alemão, espanhol, japonês e árabe. 


Independente de alguns do grupo "politicamente correto" tentar retirar suas obras das bibliotecas é impossível esquecê-lo, Recentemente, surgiu uma polêmica sobre preconceito  racial quando seu livro “O Presidente Negro” (1926), descreve um conflito racial, após a eleição de um negro para a presidência dos EUA e, também a personagem negra, Tia Nastásia, comparada a uma macaca ao subir numa árvore.

"O Dia de Monteiro Lobato, também conhecido como Dia Nacional do Livro Infantil, é celebrado no dia 18 de abril. A data foi escolhida para homenagear uma das maiores vozes da literatura infantil do Brasil, o escritor Monteiro Lobato, nascido no dia 18 de abril.

Nesse dia, diversas homenagens ao escritor acontecem nas escolas, bibliotecas e centros culturais. Leituras dramatizadas, teatros de fantoches e apresentações são realizadas em todo o país. A ideia principal é incentivar a leitura e alertar para sua importância na formação dos seres humanos."

Segundo Monteiro Lobato: "Um país se faz com homens e livros."

Origem da Data

A Dia de Monteiro Lobato foi instituído por meio da Lei n.º 10.402, de 8 de janeiro de 2002. A partir daí, essa data promove diversas atividades relacionadas com o literatura infantil e a importância de adquirir o hábito da leitura desde cedo.
 

Quem foi Monteiro Lobato?
 

Nascido em 18 de abril de 1882 na cidade de Taubaté, Monteiro Lobato foi um escritor e editor pré-modernista. Considerado um dos maiores escritores brasileiros do século XX, Lobato foi precursor da literatura infantil no Brasil. Sua obras que merecem destaque fazem parte da coleção composta por 23 volumes: "Sítio do Pica Pau Amarelo".

O escritor ficou famoso por criar personagens como Dona Benta, Narizinho e Pedrinho, Tia Nastásia, a boneca Emília, o Visconde de Sabugosa, o porco Rabicó e o rinoceronte Quindim. Monteiro Lobato veio a falecer em 4 de julho de 1948. Essa primeira versão da TV Globo é a mais amada por minha geração.

 Sitio do Picapau Amarelo (1977) - Viva os Anos 70
Em 1927, reside por 4 anos nos Estados Unidos em missão diplomática, como adido comercial e pôde constatar a lentidão do desenvolvimento brasileiro mediante o gigantesco progresso americano. De regresso para o Brasil inaugura várias empresas de ferro e petróleo para fazer perfuração, no intuito de desenvolver o país, economicamente. Escreveu dois livros “Ferro” (1931) e “O Escândalo do Petróleo” (1936), neste documenta os enfrentamentos na busca de uma indústria petrolífera independente. A política do governo de Getúlio Vargas era “não perfurar e não deixar que se perfure” proibiu e recolheu os exemplares disponíveis. Por contrariar interesses de multinacionais foi preso em 1941, no Presídio Tiradentes, onde ficou por 6 meses. Saiu da prisão, mas continuou perseguido pela ditadura do Estado Novo. 
Lobato ainda foi perseguido pela Igreja Católica quando o padre Sales Brasil denunciou o livro “História do Mundo Para as Crianças” como sendo o “comunismo para crianças”. Em 1947 escreve a história de “Zé Brasil”, panfleto que percorreu o país de norte a sul, acusando o presidente Dutra de implantar no Brasil uma nova ditadura: o “Estado Novíssimo”.
 

Monteiro Lobato concedeu uma entrevista à Rádio Record no dia 2 de julho de 1948, dois dias antes de morrer, pobre, doente e desgostoso, aos 66 anos de idade. Como ativista político e na contramão dos interesses dominantes, encerrou a entrevista com a frase “O Petróleo é nosso”! Frase mais do que nunca repetida no Brasil. Foi um personagem brasileiro tão ilustre e importante o cortejo de seu velório foi acompanhado por 10 mil pessoas, entoando o Hino Nacional.
 Quase cem anos depois e o petróleo ainda não é nosso | Revista Fórum

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